Caixa: Cobrança do Pix PJ renderia R$ 300 milhões por ano para ações de habitação

Presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, reclama de "fake news" e lembra que taxa já é cobrada por outros bancos desde 2020

Ainda não há data definida para que a cobrança de Pix feitos por contas Caixa de pessoa jurídica e contas utilizadas para fins comerciais seja realizada. Segundo a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, a cobrança renderia montante anual de R$ 300 milhões a serem aplicados pelo banco em projetos de interesse social, como habitação.

Na avaliação da presidente, o que houve foi um mal entendido que foi amplificado por meio da ação de "fake news". Reconhece que o banco deveria ter trabalhado melhor a informação.

"Na realidade, nós só suspendemos para explicar um pouco melhor. Todos os grandes bancos já cobram o Pix PJ desde 2020 e só a Caixa não cobrava, aí quando a Caixa foi cobrar ficou parecendo que só a Caixa iria cobrar e os outros, não", pontua.

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As afirmações foram feitas após a participação da presidente da Caixa na abertura do Febraban Tech, evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nesta terça-feira, 27, em São Paulo.

Na oportunidade, ela ainda reclama sobre a manutenção da taxa de juros (Selic) nos atuais patamares de 13,75% ao ano. Segundo ela, a decisão do Banco Central, admitida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) é absurda, pois já há uma série de indicadores suficientes para a redução do patamar da Selic.

"O fato da taxa de juros ser mantida pelo Copom nos coloca numa posição muito difícil. A Caixa, por exemplo, que tem como maior carteira de crédito habitacional, em que boa parte advém de recursos de poupança, vimos que o mercado já perdeu R$ 70 bilhões em depósitos de poupança", destaca.

A executiva enfatiza que o mercado de financiamento imobiliário se torna menos atrativo com as taxas nesses patamares, o que no fim do dia acaba emperrando o crescimento econômico do País.

"Isso tem um impacto direto no crédito e no financiamento. O crédito fica mais caro, nós (Caixa) vamos ter problemas com alguns fundings, como Habitação."

*O jornalista viajou a São Paulo a convite da Febraban

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