Taxa de desemprego é a menor para abril desde 2015, diz IBGE

No trimestre encerrado em abril, desemprego recuou para 8,5%, ante 8,8% em março. É a menor taxa para abril desde 2015 (8,1%)

A taxa de desemprego do trimestre finalizado em abril deste ano é a menor registrada para abril desde 2015. O indicador ficou em 8,5%, enquanto em relação ao igual período do ano passado era de 10,5%. Ou seja, houve uma diminuição de 2 pontos percentuais. Informalidade e rendimento continuaram estáveis.

Os números são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Neste ano, Alessandra Brito, pesquisadora do IBGE, afirmou que a taxa de desemprego permaneceu estável em relação ao trimestre encerrado em janeiro, com 9,1 milhões de pessoas. 

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“O que explica essa taxa ter ficado estável (na comparação trimestral) é porque a procura (por trabalho) não aumentou estatisticamente como era esperado pela questão sazonal”, conta. 

No entanto, a pesquisadora destaca que a população subutilizada, a qual engloba aqueles que estão desocupados ou que poderiam trabalhar mais, apresentou uma queda de 2,5%, em relação ao trimestre anterior, totalizando 21 milhões de pessoas.

Nesse quesito, também teve uma redução de 19,6% em comparação ao igual período do ano passado.

Quanto à ocupação, o número de pessoas trabalhando no país ficou em 98 milhões, registrando uma queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior. Porém, em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 1,6%, correspondendo a 1,5 milhão de pessoas.

Rendimento e informalidade se mantém estáveis

O percentual de informalidade no mercado de trabalho brasileiro alcançou 38,9% da população ocupada, o que representa 38 milhões de pessoas. Esse número é menor em comparação ao trimestre anterior, que era de 39%, e ao igual período de 2022, de 40,1%.

Além disso, o rendimento real habitual se manteve estável em R$ 2.891, quando comparado ao trimestre anterior, mas apresentou um crescimento de 7,5% frente ao igual período do ano passado.

A massa de rendimento real habitual totalizou R$ 278,8 bilhões, também mantendo-se constante em relação ao trimestre anterior, mas apresentou um crescimento de 9,6% na comparação anual.

População fora da força de trabalho

A população fora da força de trabalho, ou seja, aqueles que não estão trabalhando nem procurando emprego, aumentou para 67,2 milhões de pessoas. Isso representa um aumento de 1,3% em comparação com o trimestre anterior e de 3,5% quando se leva em consideração ao igual período de 2022.

Alessandra Brito ressalta que esse aumento da população fora da força de trabalho não parece ser motivado pelo desânimo em relação ao mercado de trabalho, pois tanto a população desalentada quanto a força de trabalho potencial apresentaram redução.

Quanto à população desalentada, composta por pessoas que gostariam de trabalhar mas não buscaram emprego por diversos motivos, totalizou 3,8 milhões de pessoas, uma queda de 4,8% em relação ao trimestre anterior e de 15,3% em comparação ao ano passado.

Já a força de trabalho potencial, que inclui aqueles que procuraram trabalho mas não estavam disponíveis, registrou uma queda de 6,2% em relação ao trimestre anterior e de 16,7% em comparação com 2022. (Com informações da Agência Brasil)

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