Preço da gasolina em Fortaleza: postos baixam até R$ 0,20; veja quais

As reduções vêm um dia após entrar em vigor o anúncio da Petrobras com queda de preços nas refinarias para gasolina, diesel e gás de cozinha; veja endereços

O preço da gasolina em Fortaleza baixou até R$ 0,20 em três postos de combustível nesta quinta-feira, 18 de maio.

Conforme levantamento O POVO, o estabelecimento bandeira BR da esquina da avenida Desembargador Moreira com a rua Tomás Acioli baixou R$ 0,20. Ontem vendia o litro da gasolina a R$ 5,99 e hoje reduziu para R$ 5,79.

O posto Petrobras ao lado da rodoviária de Fortaleza (Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé) também seguiu a mesma precificação. Estava ontem a R$ 5,99 e reduziu R$ 0,20 nesta quinta.

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Mais em conta ficou o posto Ipiranga da esquina da avenida Engenheiro Santana Júnior com Travessa Paris. Como já comercializada a gasolina a R$ 5,57 e baixou em R$ 0,10 o valor do litro, agora vende o combustível a R$ 5,47.

As reduções vêm um dia após entrar em vigor a queda de preços nas refinarias para gasolina, diesel e gás de cozinha.

Além disso, também na quarta-feira, 17 de maio, chegaram relatos ao O POVO de alta nos valores do combustível. As denúncias eram que estabelecimentos subiram o preço para baixarem depois.

Um consumidor identificou ainda na terça-feira, 16, no dia do anúncio da Petrobras, um posto na avenida Contorno Norte, em Maracanaú, comercializando o combustível a R$ 5,92. Porém, ele havia abastecido por R$ 5,52 uma semana antes.

Em Fortaleza, outro motorista relatou troca na placa de preços para R$ 5,99 em um posto no bairro da Aldeota, um dia antes da redução entrar em vigor, mas depois da Petrobras anunciar mudança na política de preços.

Reajustes de preços da Petrobras

 

 

Na última segunda-feira, 15, a diretoria da Petrobras aprovou uma estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina que encerrou a subordinação dos valores ao preço de paridade de importação e os vinculou ao mercado nacional.

E na quarta-feira, 17, entrou em vigor a redução para as refinarias no preço médio da gasolina de R$ 0,40, com o valor por litro recuando de R$ 3,18 para R$ 2,78. Queda de 12,6%.

Já o diesel teve redução média de 12,8%, ou R$ 0,44 por litro. O que fez com que o preço médio do produto caísse de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro no topo da cadeia.

A queda mais expressiva, porém, é no Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, com uma redução de R$ 0,69 por quilo no preço médio (-21,3%).

Em nota divulgada na terça-feira, 16, logo após o anúncio, a Petrobras destacou que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro das distribuidoras e da revenda.

Monitoramento dos preços dos combustíveis

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) anunciou que oficiou aos Procons estaduais e municipais de todo o País para intensificarem o monitoramento dos postos de combustíveis.

Medida visa assegurar que a redução nos preços feita às distribuidoras pela Petrobras cheguem efetivamente ao consumidor final.

Fiscalização dos postos de gasolina

Ao anunciar a intensificação da fiscalização, o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, explicou que o monitoramento é fundamental para assegurar que a redução dos preços pela Petrobras realmente chegue aos consumidores.

"Nós queremos monitorar se essa redução chegou ao bolso das consumidoras e dos consumidores. Neste sentido eu solicitei aos Procons de todo o Brasil que exerçam a devida fiscalização", justificou ao citar notícias veiculadas na imprensa sobre estabelecimentos que teriam aumentado preços antes de a Petrobras anunciar a queda.

Segundo Damous, esses estabelecimentos serão devidamente fiscalizados. "Não aceitaremos que postos se valham de fraude para aumentar os preços hoje e dizerem que reduziram amanhã."

A presidente da Proteção ao Consumidor de Fortaleza (Procon Fortaleza), Eneylândia Rabelo, reforçou que recebe rotineiramente denúncias de preços abusivos e o procedimento adotado é de abrir processo administrativo contra a empresa denunciada.

"Nós solicitamos diversos documentos para que seja feita uma análise dos valores comprados e vendidos. Após um processo com várias possibilidades de defesa, o Procon, identificando alguma prática abusiva, poderá aplicar penalidades" (Colaborou Fabiana Melo/Especial para O POVO e Agência Brasil) 

Política de preços da Petrobras

A Petrobras divulgou na terça-feira, 16, nova estratégia comercial para definição de preços em substituição ao Preço de Paridade Internacional (PPI).

De acordo com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a "referência internacional do preço do petróleo", continua sendo considerada, mas em outro modelo. A partir de agora, entram na conta também como prioridade o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a estatal.

O primeiro indicador contempla alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o custo marginal da Petrobras se baseia no custo das diversas alternativas para a empresa, entre elas a produção, importação e exportação do produto.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, analisou que, com essa estratégia comercial, a companhia vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados.

"Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país."

Como fica a política de preços da Petrobras

Como era antes:

  • Cálculo levava em conta preços praticados no mercado internacional
  • Referência principal era cotação do barril de petróleo tipo brent, calculado em dólar
  • Era incorporada margem para remuneração de risco e considerados fretes de navios, logística e taxas portuárias
  • Estatal sem autonomia para contrabalancear as grandes variações e para evitar fortes repercussões no Brasil que chegassem ao consumidor

Como vai ser agora:

  • Preços não deixam de levar em conta mercado internacional, mas adotam outras referências para o cálculo como indicadores do mercado interno
  • Esforço de mediação entre interesse de acionistas e o papel social da estatal defendido pelo governo
  • Cálculo leva em conta o "custo alternativo do cliente", observando preços praticados por outros fornecedores que ofereçam produtos similares
  • Modelo inclui "valor marginal para Petrobras", definido com base nas melhores condições obtidas pela companhia para produção, importação e exportação

Fonte: Petrobras

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