Americanas encerra atividades de loja em Fortaleza; saiba onde
Foi a primeira unidade fechada no Ceará pela gigante do varejo, que passa por recuperação judicial. Empresa diz que não houve demissão; entendaEm recuperação judicial, a Americanas fechou a primeira loja física no Ceará. Trata-se do empreendimento localizado na esquina da avenida Senador Virgílio Távora com a rua Ana Bilhar, no bairro Meireles.
Um informe foi colocado na frente do estabelecimento notificando os clientes para se dirigirem a outras unidades próximas do local, citando a do Shopping Del Paseo e do Pátio Dom Luís, ambas na Aldeota.
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"Aos nossos clientes, informamos que esta loja encerrou suas atividades. Para realizar suas compras se dirija para as lojas mais próximas", diz anúncio colado na frente do empreendimento no Meireles.
O POVO entrou em contato com a Americanas para comentar o fechamento da loja.
Em nota, a empresa diz que segue operando normalmente, "mantendo seu propósito de entregar a melhor experiência", mas confirma o fechamento de "algumas lojas nos últimos meses", como a unidade do bairro de Meireles.
"A ação faz parte de uma estratégia de otimização de espaços já em andamento desde 2022. Os colaboradores não serão demitidos, sendo realocados em outras lojas na cidade. Os clientes podem comprar produtos e serviços disponíveis em diversas unidades da Americanas próximas e também no site e app da marca", complementa em comunicado.
A Americanas é uma das maiores companhias no segmento do varejo no Brasil. Possui em todo o País mais de 1.700 lojas, 25 centros de distribuição e 200 hubs. No Ceará, existem mais de 70 unidades.
Centro de distribuição de Fortaleza também foi fechado no início do ano
Em fevereiro, a Lojas Americanas desmontou o Centro de Distribuição (CD) de Fortaleza e levou as operações para Recife. A explicação para o encerramento de um CD é redução drástica de vendas. Enviar mercadorias de Pernambuco implica maior custo.
Entenda a situação do rombo nas Americanas
A descoberta do rombo de R$ 20 bilhões nas contas das Lojas Americanas (AMER3) caiu como uma bomba na economia brasileira e trouxe muitas incertezas para acionistas, funcionários, distribuidores e consumidores da empresa varejista.
A Americanas é uma das maiores companhias no segmento do varejo no Brasil, possuindo em todo o País mais de 1.700 lojas, 25 centros de distribuição e 200 hubs. No Ceará, existem mais de 70 unidades da instituição.
O rombo fez com que o presidente da empresa, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, deixassem os cargos.
A empresa teve uma medida de tutela de urgência cautelar concedida pelo juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª vara empresarial do Rio, dando 30 dias para que a empresa possa decidir se vai pedir recuperação judicial.
O pedido se deu porque as inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões comunicadas pela empresa podem levar ao vencimento antecipado de R$ 40 bilhões em dívidas.
O rombo da Americanas gerou uma crise de confiança entre os investidores, o que vem gerando prejuízos em outras empresas do segmento de varejo. Exemplo disso é a Renner, que perdeu R$ 500 milhões em valor de mercado na Bolsa de Valores após o escândalo.
Somente no Bradesco, por exemplo, a Americanas possui dívidas que chegam a R$ 4,8 bilhões.
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