Indústria do Ceará termina o ano em queda de 4,9%; entenda
O resultado da produção física industrial do Estado no acumulado de janeiro a dezembro ficou acima da queda registrada no Brasil, que foi de 0,7%
A indústria do Ceará fechou 2022 em queda de 4,9% no acumulado de janeiro a dezembro, frente a igual período do ano imediatamente anterior, acima da média nacional de -0,7%.
Neste cenário, no País, a produção industrial caiu em oito dos 15 locais, destacando-se o Pará (-9,1%) e o Espírito Santo (-8,4%).
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Porém, sete locias apontaram maior dinamismo frente aos índices do acumulado de janeiro até novembro de 2022. Um deles foi o Ceará, que desacelerou a queda, indo de -6,5% para os -4,9%.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira, 10 de fevereiro.
Os números apontam ainda que, na passagem de novembro para dezembro também houve alta na produção física da índustria cearense, de 4,3%, sendo o único resultado positivo apresentado.
Na comparação dezembro 2022 com dezembro 2021, por exemplo, já houve queda de 3,1%.
Na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria Ceará foi de retração de 2%.
Mas o movimento entre o terceiro e o quarto trimestres de 2022 Ceará foi de -2% para -8,2%.
Veja a composição da taxa de crescimento da indústria no Ceará no acumulado de 2022
- Resultado geral do Ceará (-4,9%)
- Produtos Alimentícios (-1,32%)
- Bebidas (-0,34%)
- Produtos Têxteis (-0,11%)
- Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (-3,20%)
- Couro, Artigos para Viagem e Calçados (0,11%)
- Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (0,91%)
- Outros Produtos Químicos (-0,50%)
- Minerais Não Metálicos (0,28%)
- Metalurgia (0,18%)
- Produtos de Metal - exclusive Máquinas e Equipamentos -1,98 -0,01 (-0,01%)
- Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-0,88%)
Veja a indústria da transformação do Ceará no acumulado de 2022
Indústria de transformação (-4,9%)
- Fabricação de produtos alimentícios (-7,5%)
- Fabricação de bebidas (-3%)
- Fabricação de produtos têxteis (-2,1%)
- Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-32,8%)
- Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (0,4%)
- Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (13,1%)
- Fabricação de outros produtos químicos (-17,6%)
- Fabricação de produtos de minerais não-metálicos (5,4%)
- Metalurgia (3,4%)
- Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-0,3%)
- Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-22,2%)
Produção industrial no Brasil
A produção industrial recuou em 11 dos 15 locais pesquisados em dezembro passado ante dezembro de 2021.
Em São Paulo, maior parque industrial do País, a atividade ficou na contramão da média nacional e subiu 2,0%. Em 2022 fechado, a produção industrial de São Paulo teve ligeira alta, de 0,2%.
No agregado nacional, a produção industrial caiu 1,3% ante dezembro de 2021 e fechou 2022 com queda de 0,7% sobre 2021, como revelou o IBGE na semana passada.
Os destaques na queda de dezembro de 2022 sobre igual mês de 2021 foram Espírito Santo (-21,9%), Pará (-10,3%), Goiás (-10,2%) e Paraná (-10,0%), informou o IBGE.
Bahia (-8,1%), Região Nordeste (-6,9%), Minas Gerais (-6,4%), Santa Catarina (-5,8%), Ceará (-3,1%) e Pernambuco (-1,7%) também mostraram taxas negativas mais elevadas do que a média nacional (-1,3%), enquanto Amazonas (-0,4%) completou o conjunto de locais com queda na produção no índice mensal de dezembro de 2022.
Na contramão, além de São Paulo, o Rio de Janeiro (5,7%) assinalou o avanço mais acentuado. Mato Grosso (1,2%) e Rio Grande do Sul (0,7%) mostraram os demais resultados positivos. (Com Agência Estado)