CVM pede ao TJ-SP para acessar provas antecipadas produzidas em caso Americanas
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que compartilhe as provas produzidas no processo em que o Bradesco obteve o direito às cópias de e-mails de atuais e ex-executivos e conselheiros da Americanas, que está em recuperação judicial. A autarquia que fiscaliza o mercado de capitais alega que instalou processos para investigar o caso, e que por isso, as provas podem lhe ser úteis.
Em documento assinado por Leonardo Montanholi dos Santos, subprocurador-chefe da PFE-CVM, a autarquia informa à juíza Andréa Galharda Palma que estabeleceu uma força-tarefa com diferentes de seus órgãos para investigar os desdobramentos do caso. A CVM destaca ainda que já instaurou oito processos referentes ao tema.
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As investigações da CVM todas têm como alvo os fatos informados no fato relevante do dia 11 de janeiro, em que a Americanas informou "inconsistências contábeis" da ordem de R$ 20 bilhões, ligadas à contabilização em linhas incorretas de operações de risco sacado.
A companhia acabou entrando em recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões e tendo os bancos como os maiores credores. O Bradesco, que em termos nominais é o mais exposto à companhia, entrou com ação no TJ-SP para ter produzir antecipadamente provas que possam apontar os responsáveis pelo que qualifica como fraude.
Ontem, o TJ tomou decisão favorável ao Bradesco, determinando a cópia de e-mails de ex e atuais executivos e conselheiros da Americanas ao longo da última década. A varejista entrou com recurso contra a decisão, e o Bradesco enviou uma resposta preliminar às alegações da companhia.
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