Preço do barril de petróleo Brent atinge menor valor desde janeiro
Baixa é resultado da alta do dólar e dos temores de recessão; com isso, os combustíveis no Brasil dever ter uma queda no preço a curto prazo
O preço do barril de petróleo Brent sofreu uma queda nessa segunda-feira, 26, e atingiu o valor de US$ 84,51, o menor desde janeiro desse ano. A alta do dólar e os temores de recessão são os principais fatores que contribuíram para a baixa.
O barril Brent é o valor de referência mundial no petróleo. Ele é usado, inclusive, pela política de preços da Petrobras. De acordo com o consultor em engenharia de petróleo e energias, Ricardo Pinheiro, a alta taxa de juros influiu diretamente no valor dos barris.
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"A queda se deve a uma recessão global, principalmente nas grandes economias como a americana, europeia, China também. Todos os bancos centrais dessas economias subiram muito os juros e isso acaba forçando uma redução no movimento econômico e, toda a indústria do petróleo, que é uma indústria de base, vai sentir um grande impacto", esclareceu.
Vai baixar o preço do combustível no Brasil?
De acordo com Ricardo, a baixa deve reduzir o preço dos combustíveis a curto prazo, mas que o valor ainda pode voltar a crescer posteriormente.
"A curto prazo, os combustíveis tem que baixar, porque a Petrobras utiliza a política de preços internacionais. A gente ainda não tem ideia de quanto pois não sabemos como vai se conformar esse mercado. Ao mesmo tempo, no médio e longo prazo existe uma pressão forte por uma mudança na base da energia, que é a transição da linha fóssil (carvão, gás e petróleo) e passar para renováveis com mais força, principalmente utilizando o hidrogênio como vetor energético", disse.
"Mas o mercado ainda tem muito o que se ajustar, principalmente por causa da guerra da Rússia (com a Ucrânia). Se essa guerra se intensificar, poderá haver novo aumento de preços, porque a Rússia ainda é uma grande fornecedora de petróleo, mesmo com as sanções econômicas. Então resumindo é que a curto prazo deveremos ter queda de preços, a médio prazo existe uma possibilidade de aumento de preços devido à guerra, e a longo prazo deve haver nova queda de preços do petróleo pela transição energética", finalizou.
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