Petrobras reduz em R$ 0,20 preço do diesel vendido para distribuidoras

Anúncio acorre menos de um mês após dois reajustes negativos no preço cobrado pelo litro da gasolina

O preço médio de venda do diesel tipo A no Brasil terá redução de R$ 0,20 a partir de amanhã, sexta-feira, 5 de agosto. 

Anúncio foi feito pela Petrobras na manhã desta quinta-feira, 4 de agosto e ocorre menos de um mês após dois reajustes negativos no preço cobrado pelo litro da gasolina. 

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Com a redução por parte da estatal, o valor do litro do diesel passará de R$ 5,61 para R$ 5,41.

"Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba", explica a Petrobras. 

Em comunicado ao mercado, a estatal afirma que a redução no preço foi possível diante da estabilização com queda no preço praticado no mercado internacional de combustíveis fósseis e derivados do petróleo. 

Pela atual política de preços da Petrobras, os valores praticados no mercado internacional depende diretamente da cotação do dólar norte-americano, do valor do barril de petróleo e dos valores dos combustíveis no mercado internacional. 

Assim, os preços internos sempre são reajustados para se equipararem com os valores internacionais. 

A redução no valor do combustível é considerada "coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", conforme destaca a empresa em nota. 

Terceiro reajuste negativo nos combustíveis em menos de um mês

O primeiro reajuste negativo no preço dos combustíveis por parte da Petrobras em 2022 ocorreu no dia 19 de julho, quando a estatal passou a cobrar R$ 0,20 menos no litro da gasolina comum na venda para distribuidoras. 

Redução foi anunciada em meio a derrubada do preço do barril do petróleo diante do temor de uma recessão global da economia e durante a implementação da lei que reduziu a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), gerando outro fator de redução dos preços. 

A queda de preços de combustíveis tem sido um dos pilares das ações do governo Bolsonaro para tentar recuperar a popularidade em meio à corrida pelas eleições presidenciais de 2022. 

Uma semana depois da primeira redução, no dia 28 de julho, a Petrobras anunciou o segundo reajuste negativo, desta vez também na gasolina, com diminuição de R$ 0,15. 

Até então, os valores do diesel seguiam inalterados. Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) expressam que o combustível, mesmo antes da redução de preço anunciada hoje, 4, apresenta uma defasagem média de 9,5% neste mês.

Dado indica que, ao contrário do que foi feito, a Petrobras poderia aumentar o preço nas refinarias neste percentual para equiparar o preço aos valores do mercado internacional. Na prática, a redução deverá aumentar a defasagem e gerar uma pressão para um aumento compensatório em um médio período de tempo.

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