Ceará acumula 16,8% das empresas do Nordeste, mas apresenta 7ª menor remuneração

Pesquisa destaca crescimento de 3,5% na quantidade de empresas no Ceará em um ano, com influência daquelas com até 9 funcionários

O Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira, 23 de junho, destaca o Ceará como o segundo estado com maior número de empresas no Nordeste.

Estado ocupa a nona colocação no ranking nacional e acumula 16,8% de todas as empresas do Nordeste brasileiro. Os dados levam em consideração números de 2020, em comparação com 2019.

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Pesquisa destaca crescimento de 3,5% na quantidade de empresas no Ceará em um ano. Estado saiu de 145.497 organizações empresariais em 2019 para 150.554 em 2020.

Alta foi semelhante à registrada na região Nordeste, que computou crescimento de 3,6% no mesmo comparativo. 

Impactos da pandemia pioram remuneração do cearense

Com forte influência da pandemia de Covid-19, Estado amarga queda de 1,9% no número de trabalhadores assalariados, redução de 5,7% no valor total pago em salários e outras remunerações em termos reais.

Pesquisa revela ainda que o salário médio mensal reduziu 2,6% no Estado em 2020, no comparativo com reajuste pela inflação. Recuo fez com que o pagamento mensal médio do trabalhador cearense passasse de R$ 2.399,59 em 2019 para R$ 2.336,15 em 2020.

Números colocam o Estado como a terceira pior remuneração média entre os nove estados do Nordeste, sendo a sétima menor média salarial mensal. Conforme o IBGE, 89,5% das atividades econômicas tiveram queda no salário médio.

Do total de pessoas ocupadas no Estado, em 2020, aqueles que recebiam apenas um salário mínimo somavam 1.456.023 trabalhadores contra 178.833 sócios ou proprietários de empresas. 

Melhores e piores salários do Ceará

Os maiores salários médios mensais em 2020 estavam nos segmentos de Eletricidade e
gás com remuneração média de R$ 7.425,57.

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados aparecem na sequência, com ganho médio mensal de R$ 6.937,79, sendo seguida pela área de Educação, com média de R$ 3.474,41 ao mês.

Já os piores salários de 2020 ficarão nas atividades Alojamento e alimentação, cujos ganhos mensais somavam R$ 1.031,89, sendo seguido pelo comércio em geral e serviços de reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.458,86).

A remuneração de atividades relacionadas a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apareciam como o terceiro pior salário, com média de R$ 1.432,42 ao mês em 2020.

Microempresas puxaram crescimento do Ceará

Das pouco mais de 150 mil empresas do Estado, 1.147 são relacionadas à administração pública (28,6%), 15.605 são classificadas como entidades sem fins lucrativos (6%) e 133.802 são entidades empresariais, representando 65,4% do total. 

No Estado, a alta no número de empresas registrada em 2020 foi impulsionada por aquelas com nenhum ou no máximo 9 funcionários. Estas representavam 130.885 companhias em atuação no Estado em 2020.

Negócios com 10 até 49 funcionários somavam 16.333 empresas. O número de empreendimentos com 50 até 249 trabalhadores em 2020 no Ceará foi de 2.644. Por fim, 692 empresas possuíam 250 ou mais contratados.

Entre tais categorias, a única com crescimento real no comparativo com 2019 foi a de microempresas, com zero ou no máximo 9 funcionários. O número desse tipo de negócio saltou 5% em um ano no Estado.

Setores que mais empregam no Estado

O setor do comércio e serviços de reparação de veículos automotores e motocicletas apresentavam o maior número de empresas do Estado com 59.560 negócios.

Em segundo lugar, a indústria de transformação computava 12.390 empreendimentos. Sendo seguida pelas atividades administrativas e serviços complementares com 11.181.

Dentro desse cenário, ainda que somasse apenas 633 empresas, o setor de administração pública, defesa e seguridade social era o maior empregador do Estado, com 321.671 profissionais ocupados.

Em segundo lugar, o comércio e serviços de reparação de veículos automotores e motocicletas empregava 241.423 pessoas, sendo seguido pela indústria da transformação que ocupava 222.788 profissionais.

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