PIB cresce 1% no primeiro trimestre e Brasil soma riqueza de R$ 2,24 trilhões
Número marca o terceiro resultado positivo para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, conforme revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Entre janeiro e março de 2022, a soma das riquezas produzidas no Brasil cresceu 1% com relação ao último trimestre de 2021. Número marca o terceiro resultado positivo para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, conforme revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 2 de maio.
Em valores correntes, a riqueza do Brasil chegou ao patamar de R$ 2,24 trilhões no primeiro trimestre de 2022. Valor é 1,6% maior do que do quatro trimestre de 2019, período pré-pandemia, e 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014.
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No comparativo entre o primeiro trimestre de 2021 e o deste ano, o PIB brasileiro apresenta crescimento de 1,7% em um ano. Nesse recorte, a agropecuária teve queda de 8% em um ano, enquanto a indústria registra recuo de 1,5%. Com relação aos três primeiros meses de 2021 e igual período este ano, o setor de serviços foi o único que computou crescimento, com alta de 3,7%.
No saldo acumulado dos últimos 12 meses, até março, o crescimento registrado no PIB é de 4,7%, porém, número fica em 4,6% se considerado os últimos doze meses encerrados em dezembro de 2021, o que configura um cenário de estabilidade com uma leve tendência de crescimento lento.
Resultados do PIB por setor no Brasil
Responsável por 70% do PIB brasileiro, o setor de serviços foi o que mais cresceu nos três primeiros meses deste ano e influenciou a alta do índice. “Dentro dos serviços, o maior crescimento foi de outros serviços, que tiveram alta de 2,2%, no trimestre, e comportam muitas atividades dos serviços prestados às famílias, como alojamento e alimentação. Muitas dessas atividades são presenciais e tiveram demanda reprimida durante a pandemia”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
No resultado final o setor de serviços computou aumento de 1%, com registro de uma aceleração na demanda pelo transporte de cargas, armazenamento e correios. Tal segmento teve aumento de 2,1%.
A agropecuária, porém, registrou queda de 0,9% com relação ao trimestre imediatamente anterior. Rebeca explica que o resultado final do setor foi fortemente influenciado pela estiagem no Sul. "Isso causou a diminuição na estimativa da produção de soja, a maior cultura da lavoura brasileira”, complementa.
O setor industrial apresentou crescimento tímido de 0,1%, o que na prática indica estabilidade no setor. Entre os segmentos industriai o maior avanço foi registrado nas operações relacionadas a eletricidade, gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos com alta de 6,6% se analisado individualmente. A indústria extrativistas, porém, teve queda de 3,4%, impactando diretamente o desempenho da indústria brasileira no PIB do primeiro trimestre deste ano.
“Essa atividade puxou o resultado para baixo, e sua queda se deve especialmente à produção de minério de ferro, que caiu bastante. Como a Indústria da Transformação teve alta (1,4%) e tem bastante peso no grupo, isso equilibrou o resultado da Indústria”, explica, Rebeca.
PIB dos setores no Brasil entre janeiro e março de 2022
- Serviços: alta de 1%
- Indústria: crescimento de 0,1%
- Agropecuária: queda de 0,9%
Consumo dos brasileiros aumenta e investimentos diminuem
Dados revelados pelo IBGE indicam ainda que o consumo das famílias brasileiras apresentou crescimento cresceu 0,7% no primeiro trimestre, influenciados fortemente pelo retorno da contratação de serviços presenciais. Já os gastos públicos entraram em estabilidade, com alta de 0,1%.
Os investimentos responsáveis pelo índice de Formação Bruta de Capital Fixo caíram 3,5%. “Essa queda foi impactada pela diminuição na produção e importação de bens de capital, apesar de a construção ter crescido no período”, explica. No primeiro trimestre, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, ficando abaixo da registrada no mesmo período do ano passado (19,7%)", finaliza Rebeca.
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