Itaú Unibanco projeta crescimento modesto de 1,5% para o PIB em 2022

Componentes fiscal e monetário devem frear recuperação do Produto Interno Bruto no próximo ano e cenário externo ter impacto neutro, avaliam analistas da instituição financeira

O Itaú Unibanco projetou nesta terça-feira, 24, crescimento de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021 e de 1,5% para 2022. 

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O cenário otimista para este ano contrasta com uma avaliação mais cautelosa para o próximo ano devido a tendências de impactos negativos das componentes fiscal e monetária e de impacto neutro com relação às perspectivas do mercado internacional em 2022. Os dados constam da Análise do Comportamento de Consumo do Itaú Unibanco, que também projetam: inflação fechando em 6,9%; taxa básica de juros (Selic) em 7,5% no ano de 2021; desemprego recuando para 12% e dólar para R$ 4,75.

Apesar de apontar tendências futuras, o estudo teve como foco resultados de diferentes segmentos econômicos no 2º trimestre deste ano, em comparação com período equivalente de 2020, auge das restrições decorrentes da primeira onda da pandemia de Covid-19. A propósito, o relatório também levou em conta o avanço da vacinação no País, a redução na quantidade de casos e óbitos pela doença. "A variante Delta ainda não afetou de forma relevante esses números, embora tenha havido uma piora localizada no Rio de Janeiro", pontuou Mário Mesquita, economista-chefe da instituição financeira.

Os segmentos que apresentaram maior crescimento nos meses de maio a junho de 2021, na comparação com igual período do ano passado foram: o setor hoteleiro (255,8%), as companhias aéreas (237,1%), o aluguel de roupas (214,9%), o lazer (176,6%), os bares (153,5%) e as joalherias (129,9%). 

Falando especificamente de vendas físicas, com a maior reabertura das atividades presenciais merecem destaque: vestuário (162,1%), lojas de departamento (40,2%), atacadistas (35,4%) e lojas de materiais de construção (31,6%).

No ambiente virtual, as altas mais expressivas corresponderam aos segmentos de: turismo (269,1%), saúde, bem-estar e veterinária (97,3%), locomoção e transportes (92%) e alimentação (38,2%).

Em linhas gerais, o faturamento das vendas físicas cresceu 47,2%, índice ligeiramente acima do das vendas online de 43,2% no comparativo entre o 2º trimestre de 2021 e o 2º trimestre de 2020.

Já a participação (share) das duas modalidades de venda foi de 78,9% de vendas físicas ante 21,1% de vendas online. Essa relação era de 84,2% e 15,8%, respectivamente no 2º trimestre de 2019.

O levantamento reuniu dados referentes às compras feitas com cartões emitidos pelo banco e às vendas transacionadas pela Rede, sua empresa de meios de pagamento. 


 

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