Oi passa a atuar no mercado de fibra óptica como V.tal

A InfraCo, companhia de fibra óptica da Oi, foi vendida para o BTG Pactual. Sob nova estrutura corporativa, a companhia pretende levar cobertura banda larga para 32 milhões de domicílio até 2025

Considerada peça-chave do plano estratégico da Nova Oi, a subsidiária de fibra óptica Infraco ganhou um novo nome - V.tal (fala-se Vital) - e uma nova estrutura corporativa para atuar de modo independente. A subsidiária está entrando no modo de operação solo mesmo antes da chegada dos novos sócios. Em julho, a Oi acertou a venda de uma fatia majoritária de 57,9% da subsidiária para fundos controlados pelo BTG Pactual, por R$ 12,9 bilhões. Além de novo nome, a operadora anunciou um ousado plano de levar cobertura de banda larga com tecnologia FTTH (fibra até a casa do cliente) para 32 milhões de domicílios até o final de 2025. O investimento previsto é de R$ 30 bilhões. 

 

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A transação da Oi e BTG aguarda aval de Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com previsão de ser concluída ainda este ano. A ideia é que a tele permaneça como sócia minoritária, com 42,1%.

A partir daí, serão escolhidos os executivos para a V.tal, como o CEO. Até aqui já foram definidos o diretor comercial - Pedro Arakawa, ex-diretor de atacado da Oi - e o diretor financeiro - Alexandre Wolynec, que estava à frente de redes e tecnologia na TIM até fevereiro.

A V.tal terá sede em São Paulo e CNPJ próprio. Para evitar confusão entre ativos e transmitir mais segurança ao mercado, está sendo montado um comitê de "neutralidade", que terá profissionais de mercado independentes, sem ligação nenhuma com a operadora, o que vale para a própria Oi.

"Estamos começando a operação de maneira separada, com governança própria", afirmou Arakawa, durante entrevista coletiva à imprensa. O executivo observou que os provedores regionais estão em franco crescimento e que a V.tal quer fazer parte desse mercado com a oferta de suas redes. "Os provedores independentes são veículos importantes para levar o acesso à fibra para todo o País. E, com certeza, vamos ajudar a ampliar a sua operação."

O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, também buscou enfatizar a mesma mensagem. "A neutralidade e a independência são garantidas desde já", disse.

A nova empresa herda uma rede de 400 mil quilômetros de fibra óptica da Oi e contratos de cessão de infraestrutura com 260 provedores de banda larga de todo o País. A própria Oi é a maior cliente.

Ao segregar a subsidiária e buscar um sócio, a Oi buscou obter um alívio nos pesados investimentos para expansão da rede, concentrando-se na prestação do serviço de banda larga para o consumidor final.

A Oi terá algumas vantagens em seu contrato de uso de redes da V.tal pelo fato de ser um cliente- âncora, mas não por ser acionista, apontou Abreu. Entre as vantagens, está a exclusividade para uso da rede durante um certo período, para lançamento de serviços em novas regiões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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