Tendência é que preços dos combustíveis voltem a cair, avalia especialista

Em entrevista à rádio O POVO CBN, o consultor em petróleo e gás, Bruno Iughetti, destacou que a queda de preços do petróleo no mercado internacional e do dólar devem contribuir para reduzir a pressão de preços também nos postos de combustíveis

Apesar das recentes altas, que jogou o preço da gasolina nos postos de combustíveis para uma máxima de R$ 6,12 no Ceará, o maior patamar deste ano, a tendência é que os preços caminhem para um maior equilíbrio. A avaliação é do consultor em petróleo e gás, Bruno Iughetti, que em entrevista nesta terça-feira, 22, à rádio O POVO CBN, destacou que a queda de preços do petróleo no mercado internacional e do dólar devem contribuir para reduzir a pressão de preços também nos postos de combustíveis.

“Eu acredito que pelas análises que têm sido feitas de que nós vamos daqui por diante entrar numa fase de equilíbrio de preços, com tendência de queda. Uma vez que o barril do petróleo no mercado internacional está em baixa e também a variação cambial está estabilizada. São os dois fatores que determinam o preço da refinaria pela Petrobras. Então, estou otimista que nos próximos dias haja uma curva descendente nos preços e que eles possam voltar novamente a representar o poder aquisitivo da população”, afirmou Bruno Iughetti.

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Além disso, desde que assumiu a gestão da Petrobras, Joaquim Silva e Luna tem segurado o repasse de preços nas refinarias. No último dia 11, a estatal diminuiu em 1,9% o preço da gasolina nas refinarias e manteve o preço médio do diesel. E, antes disso, o único reajuste feito foi em 1º de maio, quando a petroleira também reduziu o preço do diesel e da gasolina em 2%. O que tem ampliado a margem de defasagem de preços praticados pela Petrobras em relação à política de preços internacional, atualmente em 6%.

Em entrevista ao jornalista Jocélio Leal, Bruno Iughetti ressaltou, no entanto, que não há de se esperar uma queda muito acentuada para o consumidor final. “Pode ser quase imperceptível porque acontece que os donos de postos hoje com o preço que está a gasolina eles se ressentem do ponto de vista de demanda, com a demanda que está em crescimento em função da retomada da economia”.

Ele também destaca que pesam sobre essa conta os impostos federais e estaduais que representam hoje 44% do preço do produto.

Gás de Cozinha

Bruno Iughetti alerta preocupação, no entanto, com relação à política de preços praticada pela Petrobras em relação ao gás de cozinha. No último dia 11, junto com a queda no preço da gasolina, houve também elevação na ordem de 5,9% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, na refinaria.  

 

Ele defende que a política da Petrobras de paridade de preços com o mercado internacional é justa e boa, por isso perdura durante tantos anos no mercado europeu e nos EUA. Mas, no caso específico do gás de cozinha, há um contrassenso no recente aumento de preços para o produto nas refinarias brasileiras. 

"É um contrassenso porque a política é aplicada em todos os combustíveis e não apenas em cima de um ou de outro. Então é realmente estranho, quero crer que estou enganado, se não houver ai um viés político dentro desta questão da gasolina, diesel e gás de cozinha".  

Alta que é sentida também pelo consumidor final. Levantamento recente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), em 97 pontos de venda no Ceará, mostra que, entre os dias 13 e 19 de junho, o preço do botijão estava variando entre R$ 77 e R$ 105, com preço médio de R$92,24. A segunda alta consecutiva. Na semana imediatamente anterior, o preço médio era de R$ 91,98, e a mínima e a máxima se mantiveram estáveis. 

 

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preço da gasolina; Petrobras; refinaria; paridade de preços n mercado internacional; alta ao consumidor; perspectiva; combustíveis; gás de cozinha; dólar

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