Reabertura impulsionou atividades no varejo que tinham caído, diz IBGE

A reabertura de atividades econômicas que foram fechadas em março pela segunda onda da pandemia de covid-19 e uma estratégia de promoções adotadas por alguns setores varejistas impulsionaram o desempenho do varejo em abril. A avaliação é de Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas subiram 1,8% em abril ante março, devido a avanços em sete das oito atividades que integram o comércio varejista. O resultado inverte o desempenho de março ante fevereiro, quando as vendas recuaram 1,1%, devido a perdas nas sete das oito atividades varejistas que crescem agora em abril.

Segundo Cristiano Santos, o mês de março concentrou mais medidas anticovid, de restrição à circulação de pessoas e funcionamento de estabelecimentos, fazendo com que a reabertura em abril impulsionasse as atividades que tinham recuado.

"Pode ter tido estratégia de promoções, uma influência também estratégica de consumo. Ocorreu principalmente em móveis e eletrodomésticos, mas também em equipamentos e material de informática e comunicação e também em tecidos e vestuário", afirmou Santos. "Combustíveis tiveram redução da pressão inflacionária", completou.

Na passagem de março para abril, houve avanços em Móveis e eletrodomésticos (24,8%), Tecidos, vestuário e calçados (13,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (3,8%), Combustíveis e lubrificantes (3,4%), e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%). A única taxa negativa foi a de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%).

A queda de supermercados em abril não teve influência da inflação de alimentos, garantiu Santos. Segundo ele, a atividade foi a única com crescimento em março por ter absorvido o consumo que as famílias deixaram de fazer em outros ramos varejistas. Com a reabertura das atividades não essenciais em abril, esse consumo voltou a ser dirigido para setores que tinham recuado no mês anterior. "Ela (a atividade de supermercados) perde um pouco de fôlego para outras atividades que tiveram perdas em março", disse Santos.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, houve elevação de 3,8% no volume vendido em abril ante março. As vendas de veículos subiram 20,3%, enquanto as de material de construção aumentaram 10,4%.

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