BC segue atento ao processo de disseminação da inflação, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que a autarquia segue atenta ao risco de disseminação da inflação, apesar das reiteradas manifestações da instituição de que o choque de preços é temporário. Durante apresentação em videoconferência com a frente parlamentar da Economia Verde, Campos Neto classificou como "extraordinária" a recuperação da economia, considerou que o desempenho do primeiro semestre vem sendo mais forte do que o esperado e lembrou das previsões de mercado sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 que estão caminhando para acima de 4%.

"Estamos atentos ao processo de disseminação da inflação", disse o presidente do BC, observando que, mesmo com a escalada "impressionante" de commodities como o minério de ferro, junto com a elevação de preços de grãos e metais, as moedas de países emergentes exportadores desses produtos não se apreciaram, o que gerou inflação.

Com o risco mantendo o câmbio depreciado, Campos Neto reafirmou que o Brasil vai sair da crise com pior nível de endividamento entre emergentes, numa situação de dívida descrita como "bastante frágil".

Junto com a África do Sul, acrescentou, o Brasil mostra uma das curvas de juros que mais se inclinaram, o que indica preocupação dos investidores no longo prazo.

Ao traçar um panorama sobre a economia global, o presidente do BC comentou que a pandemia dá sinais de piora na Ásia, mas o crescimento segue forte nos Estados Unidos, embalado pelo pacote de estímulo fiscal e monetário.

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