Iata esclarece sobre oportunidades de consolidação no setor aéreo do País

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) esclareceu nesta sexta-feira, 28, que não tem nenhuma informação com relação aos rumores sobre consolidação entre linhas aéreas no Brasil. Durante conferência com a imprensa na quinta-feira, 27, o vice-presidente regional da Iata para as Américas, Peter Cerdá, se referiu, em geral, ao tema de consolidação do setor aéreo após a crise causada pela pandemia.

E, neste contexto, citou o recente anúncio oficial sobre o encerramento da relação bilateral entre a Azul e a Latam.

Segue a reportagem publicada, já considerando o esclarecimento da Iata e ajustes:

O vice-presidente regional da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) para as Américas, Peter Cerdá, afirmou nesta quinta-feira que a crise da covid-19 impactou de maneira significativa as empresas e, neste sentido, movimentos de consolidação devem crescer na região.

"Consolidação é uma oportunidade no setor", afirmou o dirigente, que se referiu, de maneira geral, ao tema de consolidação do setor aéreo após a crise causada pela pandemia. Neste contexto, ele citou o recente anúncio oficial sobre o encerramento da relação bilateral (de codeshare) entre a Azul e a Latam.

A Iata afirma ainda que não tem nenhuma informação em relação aos rumores sobre consolidação entre linhas aéreas no Brasil.

De acordo com o dirigente, a covid-19 afetou de forma severa a demanda e as companhias aéreas da região não tiveram o suporte financeiro por parte do governo como aconteceu nos Estados Unidos e na Europa. "Empresas encerraram operações na região, entraram com pedido de Chapter 11 (recuperação judicial) nos Estados Unidos e inúmeras estão com dificuldades financeiras. Acreditamos que haverá muitas discussões sobre consolidação pela frente."

Ele destacou que as conversas para consolidação devem acontecer em meio à recuperação ainda gradual do setor, com projeção de retomada de demanda por voos internacionais para 2024 e, no segmento doméstico, para 2022 ou 2023, dependendo do país.

Brasil

O diretor da Iata no Brasil, Dany Oliveira, afirmou que abril foi o pior mês de demanda no País em 2021. "Mas já vemos um crescimento gradual do mercado."

Ele estimou que a demanda "deve voltar a 80%, 90% ou até 100%" dos níveis pré-pandemia em dezembro deste ano. "Registramos um avanço gradual da demanda, o que deve se intensificar no segundo semestre, mas a recuperação do mercado depende do progresso da vacinação e do que as companhias aéreas estão fazendo", disse Oliveira.

Cerdá ponderou, entretanto, que muitas fronteiras ainda estão fechadas para brasileiros ao redor do mundo, incluindo destinos importantes para o turismo. "As restrições a brasileiros em alguns países vão impactar a retomada das aéreas."

A Iata divulgou na quinta-feira que a demanda medida em passageiro-quilômetro pago (RPK) por voos domésticos na América Latina, em março, foi 32,3% inferior a igual período de 2019, nível pré-crise.

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