Petrobras reajusta preço do gás natural em 39% para distribuidoras, a partir de maio
Aumento sofre influência das taxas de câmbio, da desvalorização do real e ainda da cotação internacional do petróleo, conforme anuncio da estatal
O preço de venda do gás natural pela Petrobras para distribuidoras do Brasil sofrerá reajuste de 39% no preço a partir de maio, conforme anúncio feito pela estatal na manhã desta segunda-feira, 5. De acordo com pronunciamento da empresa, o reajuste integra a politica de revisão de preços trimestrais da petroleira e "decorre da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento" que sofrem influência da cotação internacional do petróleo e também das taxas de câmbio.
O aumento do valor de cada m³ de gás natural entrará em vigor a partir do dia 1º de maio em todo o País. A elevação de preços se manterá por pelo menos três meses, já que a tabela de vendas tem validade trimestral, tendo como referencia os valores registrados nos 90 dias que antecedem sua elaboração. Assim, os preços de maio, junho e julho, são determinados pelos parâmetros registrados em janeiro, fevereiro e março.
A Petrobras pontua que o aumento está diretamente associado ao cenário global de exploração petroquímica. A estadual reforça que a elevação do preço do gás natural está associada ao aumento de 38% no barril do petróleo registrado no primeiro trimestre de 2021 e a subida de preços das commodities nacionais diante da queda de importância do real frente ao dólar.
"Os preços de gás natural da Petrobras também incluem o repasse dos custos incorridos pela companhia para o transporte do energético até o ponto de entrega às distribuidoras, que são definidos por tarifas reguladas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)", detalha a empresa. As tarifas mencionadas são regulamentadas anualmente e já acumulavam alta de 31% com relação ao comparativo dos meses de março de 2020 e deste ano.
Com relação ao impacto para o consumidor, este será ainda maior do que o reajuste implementado pela estatal, já que sobre o preço final de venda também incorrem as margens de lucro implementadas pelas distribuidoras, pelos tributos federais e estaduais e, nos casos do Gás Natural Veicular (GNV), ainda decorrem os ajustes de preço dos postos de combustíveis.
O aumento deste ano representa mais do que a queda de 35% acumulada em todo o ano de 2020 em decorrência da redução dos preços do petróleo no início do ano passado. Com relação ao trimestre passado, a variação de preço chega a ser de 32%.
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