Moradores negam acordo para demolição das torres Demoiselle & Bagatelle, na Aldeota

Ao O POVO, síndica e moradora esclarecem que representantes da Reata visitaram o condomínio no último trimestre de 2020, apresentaram o projeto - que prevê substituir as duas torres na Santos Dumont, por duas outras -, mas a ideia não agradou a maioria dos moradores e nenhuma intervenção foi autorizada

A ideia da construtora Reata de substituir as icônicas torres Bagatelle & Demoiselle, na Aldeota, não passam de planos, afirma a síndica e uma moradora que é membro do conselho do condomínio. Ao O POVO, elas esclarecem que representantes da Reata visitaram o condomínio no último trimestre de 2020, apresentaram o projeto (numa reunião informal) - que prevê substituir as duas torres na Santos Dumont, por duas outras -, mas a ideia não agradou a maioria dos moradores e nenhuma intervenção foi autorizada.

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Lina Rodrigues Carvalho Teles, a síndica, destaca que o que mais desagradou os condôminos no projeto é que a maioria do espaço não ficaria mais com os moradores, que se orgulham da ampla área verde e arborizada.

"Não tem nada certo. Eles apenas vieram aqui com uma proposta. Não é verdade (que as torres serão demolidas) porque só há conclusão de um negócio se as partes concordam. Aqui, a maioria dos moradores não querem."

Lina ainda acrescenta que o projeto prevê que duas novas torres sejam construídas no espaço. As atuais, de 15 andares cada, contém 120 apartamentos. A proposta foi de construir uma nova torre de 30 andares para abrigar os moradores e outra para ser negociada com investidores do mercado imobiliário.

Ainda de acordo com a síndica, a ideia dos construtores é que, enquanto a obra de construção da nova torre que abrigaria os moradores fosse tocada ao lado das atuais moradias, eles ficariam nos atuais domicílios.

Sônia Espindula Bayma, moradora do edifício Demmoiselle há 38 anos e membro de conselho do condomínio, se diz revoltada com a situação e a divulgação do projeto, que considera "imoral".

"Onde atualmente temos a piscina, a Reata construiria uma nova torre. Depois os moradores iriam para esse novo local e ficariam com 1/4 do espaço original do condomínio", afirma. "Até sai da reunião porque me chatiei", completa.

O POVO procurou a construtora Reata sobre os posicionamentos dados pelos moradores do condomínio, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.


Projeto

O empresário Jayme Leitão disse ao O POVO, neste domingo, 14, que o modelo de trabalho desse projeto é similar a outros que já toca. "Eles irão trocar um apartamento antigo por um novo, com tamanho similar, com mais vagas e que vai valer umas 2,5x mais."

"Vamos fazer um prédio novo no quadrante Sul/poente, onde hoje fica o salão de festas do condomínio atual, que será destinado aos proprietários atuais", conta.

O projeto atual é marcado pelos grandes recuos, que, segundo Jayme, não deve ser alterado. "A quadra ocupada por dois prédios vai continuar sendo ocupada por apenas dois prédios". Além do prédio para os atuais proprietários, ele reconhece que erguerá um torre bem maior para os investidores.

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