Mercado de parabólicas projeta reaquecimento após migração de faixa de frequência

Expectativa é também por participação no edital da Anatel para fornecimento de lotes com kits adaptadores, durante o processo de substituição da analógica banda C para a digital banda K-u

As empresas que fabricam e vendem antenas parabólicas estão com expectativa otimista quanto à migração da faixa de frequência em que operam tais equipamentos, definida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para possibilitar a implantação da tecnologia 5G de internet.

Para o sócio-fundador da Vivensis, Yvan Cabral, fabricante de marcas como Sky, Century e HughesNet, “essa mudança irá impulsionar o mercado de antenas parabólicas, pois o kit composto por antena e decoder de K-u é mais barato, principalmente a antena, que por ser menor também possui um custo inferior, além de ocupar menos cubagem para ser transportado, reduzindo também o custo de instalação”.

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A banda K-u opera entre a frequências 15,35 e 17,25 GHz (gigahertz), enquanto a banda atualmente usada pelas parabólicas é a C, entre 3,7 e 6,45 GHz. Já o 5G deve operar entre 3,3 e 3,7 GHz, o que poderia causar interferências ou mesmo derrubar o sinal de televisão de quem utiliza esses equipamentos. Com a migração, Cabral disse acreditar “que o consumidor das áreas mais distantes será beneficiado e o mercado tende a crescer bastante”. Hoje, o mercado de parabólicas vende, pelo menos, 80 mil unidades do produto por mês.

 

O empresário acrescenta que “em termos de praticidade de instalação, teremos uma antena pequena na maior parte do País, com 60cm de diâmetro, sendo que também há modelos de 75 e 90 cm. Isso traz um ganho imenso para o consumidor, que tem uma antena que ocupa menos espaço.” Ele também prevê uma maior diversificação nesse mercado com a migração da faixa de frequência. “Enxergamos uma tendência forte de equipamentos híbridos, banda K-u com canais abertos, e, também, com possibilidade de serviços de streaming integrados”, projeta Cabral.

Em termos de impacto mais imediato, a perspectiva é de participação no edital da Anatel para o 5G na condição de fornecedores dos kits adaptadores. Falando especificamente da empresa que fundou, Yvan Cabral afirma, quanto a esse ponto, que “será uma excelente oportunidade de sermos os principais agentes dessa transformação tecnológica. Já estamos preparados para apresentar a nossa proposta e conquistar uma boa participação deste lote”.

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antenas parabólicas 5G telecomunicações Anatel

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