Atingindo 13,4 milhões de pessoas em 2020, desemprego no Brasil é o maior desde 2012

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 26, e expressa um índice de desocupação anual de 13,5%

No Brasil, existem 13,4 milhões de pessoas desempregadas, conforme dados da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 26. No comparativo entre os dois últimos trimestres de 2020, o índice de desemprego teve um recuo de 0,7 pontos percentuais após atingir a média histórica de 14,6% entre julho e setembro. Apesar da leve diminuição, a média anual encerrou em 13,5%, maior valor registrado desde o ano de 2012.

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A pesquisa foi consolidada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e expressa uma redução de 7,3 milhões no contingente de pessoas que detinham alguma ocupação em 2020. “Pela primeira vez na série anual, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no País. Em 2020, o nível de ocupação foi de 49,4%”, acrescenta a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Com relação a redução observada no último trimestre de 2020, Adriana pontua que tal fato se deve ao aumento sazonal de contratações temporárias e que o cenário brasileiro ainda não expressa uma tendência de recuperação satisfatória. O saldo do ano passado representa ainda reduções recordes em todas as categorias de ocupação.

No segmento de profissionais contratados com carteira assinada, cerca de 2,6 milhões foram demitidos, um recuo de 7,8% com relação a 2019. Os trabalhadores domésticos foram os que mais sofreram com as demissões, registrando um recuo de 19,2% nos postos de trabalho ocupados. Entre aqueles que tinham ocupação por conta própria, 1,5 milhão de pessoas perderam seu trabalho, uma retração de 6,2%. Recuo afetou inclusive o número total de empregadores no Brasil, que fechou o ano de 2020 com saldo negativo de 8,5%, totalizando 4 milhões potenciais geradores de empregos.

Diante do cenário adverso, outro número que representa um sinal de alerta é a quantidade de brasileiros desalentados. Segundo classificação do IBGE, fazem parte deste grupo aqueles que devido às condições estruturais do mercado desistiram de procurar trabalho. Em 2020, houve um aumento de 16,1% nesse grupo, totalizando 5,5 milhões de pessoas sem expectativa de se inserir no mercado de trabalho, sendo reflexo direto da pandemia de Covid-19.

Com relação aos segmentos de empregos, a administração pública foi o único setor que apresentou saldo positivo, ainda que tímido, com 1% de crescimento ao contratar 172 mil pessoas em 2020. As novas vagas de trabalho do segmento foram destinadas essencialmente para órgão da saúde e da educação.

O ramo de construção fechou 2020 com perda de 12,5% na ocupação, seguido de comércio (9,6%) e indústria (8%). Os serviços também registraram recuos significativos, com destaque para alojamento e alimentação (21,3%) e serviços domésticos (19%). Outros serviços reduziram 13,8% e transportes, 9,4%. Os menores percentuais ficaram com agricultura (2,5%) e informação e comunicação (2,6%), que teve seu primeiro recuo após três anos de crescimento.

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