Atividade econômica do Ceará fecha 2020 com queda de 2,79%

Nível das atividades econômicas mostrou evolução de 2,53% no último trimestre na comparação com o período anterior, mas impacto da pandemia não impediu retração

O nível de atividade econômica cearense fechou 2020 com variação negativa de 2,79%. Mesmo com recuperação nos últimos meses do ano, o impacto da pandemia reduziu o índice na comparação com 2019. O Banco Central (Bacen) divulgou nesta quinta-feira, 18, os dados completos do Índice de Atividade Econômica Regional - Ceará (IBCR-CE), que ainda revela que no último trimestre o movimento da economia cearense continuou em caminho positivo, avançando 2,53% no 4º trimestre ante o 3º trimestre. 

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador foi criado pelo Banco Central para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica.

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Já na comparação com dezembro de 2019, o resultado mostra avanço de 0,16%. E, na comparação entre novembro e dezembro passado, houve variação positiva de 0,33%. No mesmo período, a atividade econômica no Nordeste teve média de -2,14% no acumulado do ano e avanço de 1,76% no último trimestre, apesar de retração de 0,49% entre novembro e dezembro.

Ricardo Coimbra, professor universitário e presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), avalia o resultado como positivo pelo fato de que a atividade econômica do Ceará ter apresentado resultados melhores do que as médias nacional e do Nordeste. "Significa dizer que aquele mecanismo que chamamos de lockdown e depois a recuperação estruturada teve um sucesso maior do que a economia do País como um todo. Mostra que as ações que foram tomadas puderam mostrar efeito. Se formos comparar os últimos trimestres, são números muito positivos, o que deve continuar nos dados de janeiro", analisa.

Ele ainda reconhece que, enquanto não houver a vacinação da maioria das pessoas, essa previsão de desenvolvimento no curto e médio prazo vai estar condicionada ao andamento da pandemia. "Oscilações podem vir nos números de 2021, acompanhando os movimentos da pandemia e que, com a vacinação, teremos um ritmo mais acelerado de atividade econômica".

Mesmo com uma parcela crítica sobre decretos que impedem o funcionamento pleno da economia, Coimbra destaca que o governo estadual tem tomado medidas condizentes com o momento. "Precisamos agilizar o processo de vacinação para que possamos voltar mais fortemente com os setores de comércio e serviços, que são 70% da economia do Ceará. Mas isso vai depender muito do que o Governo Federal vai receber de imunizantes. Mas as ações que o Governo do Ceará tem tomado estão de acordo com o movimento da pandemia no Ceará, aparentemente o Ceará tem conseguido ampliar a quantidade de leitos, mas alguns dados indicam que possamos superar o momento ruim e atingir um platô enquanto mais imunizantes chegam", completa.

Brasil

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado (ajustado para o período), apresentou expansão de 0,64% em dezembro em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2019, também houve aumento de 1,34% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). Entretanto, no acumulado do ano de 2020, o indicador ficou negativo em 4,05%.

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