Fluxo de passageiros caiu 56,3% no Aeroporto de Fortaleza em 2020
Balanço da administradora alemã Fraport mostra que houve redução drástica também na movimentação de cargas (-39,3%) e de operações de voos (-44,9%) no comparativo com acumulado de 2019
O Aeroporto Internacional de Fortaleza transportou, em 2020, pouco mais de 3,1 milhões de passageiros. Uma queda de 56,3% em relação ao fluxo do ano anterior. Os dados são do balanço da administradora alemã Fraport que mostram que, apesar de recuperação gradativa a partir de maio, a pandemia afetou drasticamente também a movimentação de cargas e de aeronaves.
Foram realizadas 32.897 operações de pousos e decolagens a partir do Aeroporto de Fortaleza. Número 44,9% menor do que o registrado no acumulado de 2019. Já a movimentação cargas caiu 39,3% e fechou o ano em 29.356 toneladas.
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AssineO mês de abril foi o mais crítico do ano. Para se ter uma ideia, passaram pelo terminal cearense naquele mês apenas 21,7 mil passageiros. Quase 17 vezes menos que o fluxo de março (363,8 mil passageiros) e bem distante dos 701 mil passageiros transportados em janeiro. Em dezembro, 361.676 pessoas viajaram a partir de Fortaleza.
O volume de cargas transportado em dezembro (3,4 mil toneladas), embora seja superior às de novembro (2,8 mil toneladas) e o oitavo mês consecutivo de crescimento, ainda está 32,4% aquém do que foi transportado em dezembro de 2019.
O mesmo ocorre em relação aos pousos e decolagens. Em dezembro foram contabilizadas 541 operações a mais do que no mês imediatamente anterior, atingindo a marca de 3.662 voos. No comparativo com dezembro de 2019, a queda, no entanto, é de 34,7%.
O balanço mostra que a pandemia impactou as operações de todos os aeroportos administrados pela Fraport. O aeroporto de Frankfurt, por exemplo, fechou o ano de 2020 com cerca de 18,8 milhões de passageiros, uma redução de 73,4% em relação ao ano anterior.
Naquele aeroporto, o tráfego aéreo praticamente paralisou entre abril e junho, com quedas de até 98% em comparação a igual período do ano passado. E mesmo após uma ligeira recuperação no terceiro trimestre, o aumento do número de infecções e as restrições de viagens associadas causaram uma queda renovada e sustentada no número de passageiros a partir de setembro, informa o documento.