Volume de venda do comércio varejista do Ceará cresce 3,5%

Na passagem de outubro para novembro, houve estabilidade no resultado. A explicação foi a queda no consumo de alimentos, que é a principal responsável por frear a sequência de altas do setor

O volume de vendas do comércio varejista do Ceará cresceu 3,5% em novembro de 2020 ante igual período do ano anterior. Já na passagem de outubro para novembro, ficou estável, em 0,4%, após variação de 1,8% em outubro. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A explicação para essa estabilidade foi a queda no consumo de alimentos, considerada a principal responsável por frear a sequência de altas do setor. Segundo o IBGE, das oito atividades investigadas, seis cresceram na comparação com igual mês do ano anterior, porém hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que têm maior peso no índice geral, apresentaram retração.

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Em nota, o supervisor da disseminação do IBGE, Helder Rocha, avalia que a queda de 1,4% em relação a novembro de 2019 no volume de vendas dessa atividade refletem a inflação. É o que detalha o gerente da PMC, Cristiano Santos: “Se olharmos, por exemplo, para a receita das empresas dessa área (hipermercados), houve um declínio de 0,8% (variação nacional). E a diferença entre a receita e o volume de vendas demonstra um aumento de custos. Mas, além disso, é comum que o consumidor, quando tem uma queda de renda ou do seu poder de compra, passe a comprar menos produtos que não são essenciais e a optar por marcas mais baratas”.

Resultados

As atividades de outros artigos de uso pessoal e doméstico, em que pesam, principalmente, as lojas de departamento, de artigos farmacêuticos, medicinais, ortopédicos e de perfumaria, as de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação foram as três que apresentaram crescimento, no período de setembro a novembro, em relação ao mesmo mês de 2019.

No acumulado de 2020, as atividades que somam maiores índices no comércio varejista são hipermercados e supermercados (3,9%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (2,6%). O índice geral registrou recuo de 6,8% no período.

Já o comércio varejista ampliado, que inclui, além das oito atividades de varejo, veículos, motos, partes e peças e material de construção registrou, no volume de vendas, variação de 0,7%, em novembro, frente ao mês anterior. Ante novembro de 2019, o setor registrou a quinta taxa positiva com aumento de 5,3%, após a alta de 2,6% em outubro. No ano, a venda de veículos acumula queda de 7,9%, mas os materiais de construção tiveram alta de 6%.

“A atividade de materiais de construção se recuperou rápido após o fechamento do comércio por conta da pandemia, a partir de junho já estava reaquecido. Já a automotiva está tendo uma retomada mais tardia. Muitos consumidores adiaram a compra de veículos, já que não estavam saindo de casa. Temos também na atividade uma sazonalidade, por conta dos motoristas profissionais, que costumam trocar de carro no final de ano. E vem aquecendo esse mercado também o aumento das frotas de empresas de aluguel de veículos, que tiveram aumento de demanda”, conclui Santos. Assim, a atividade de veículos, motos, partes e peças, no estado do Ceará, teve um crescimento de 7,8% em novembro, comparativamente a igual mês de 2019.

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