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Mesmo com queda entre 2002 e 2018, Fortaleza ainda tem maior participação no PIB do Ceará, com 43%

Isso significa que de toda atividade econômica desenvolvida no Ceará, que tem 184 municípios, maior parte está concentrada na Capital. Outras cidades também se destacam, como São Gonçalo do Amarante e Caucaia
11:56 | Dez. 16, 2020
Autor Gabriela Feitosa
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Gabriela Feitosa Estagiária do O POVO Online
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Tipo Notícia

Mesmo com queda de 3,72 pontos percentuais entre os anos de 2002 e 2018, a cidade de Fortaleza ainda tem a maior participação do PIB cearense, com 43% em 2018. Em 2002, esse número era de 46,71% e pesquisadores apontam que essa diminuição representa uma desconcentração da renda gerada no Estado entre seus municípios.

Mais duas cidades se destacam: São Gonçalo do Amarante e Caucaia. A primeira passou de 0,26% para 2,71% e a segunda de 2,91% para 3,26% ao longo desses anos. Os ganhos devem-se, em parte, ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), situado entre os dois municípios. De modo geral, houve forte concentração da produção econômica cearense na Região Metropolitana no ano de 2018, representando 64,64% do PIB cearense.

Esses e outros dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/Ceará) e o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) em coletiva de imprensa virtual.

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Conforme Helder Rocha, supervisor de disseminação do IBGE, o PIB estadual é um retrato macro-econômico do Ceará e tem objetivo de traçar o perfil dos municípios pensando no direcionamento para políticas de desenvolvimento do Estado. O economista Daniel Suliano, também presente na transmissão, explicou que todo PIB apresenta uma defasagem nos dados, o que explica a divulgação de 2018 somente neste ano. "Estamos numa pandemia. A gente só vai ter dimensão do que aconteceu nas economias mundiais em 2022. O cálculo do PIB requer complexidade e tem esse problema de defasagem. Cada ano a divulgação segue dois anos para trás", acrescentou Daniel.

Menores PIBs

IBGE e Ipece realizaram live para divulgar dados
IBGE e Ipece realizaram live para divulgar dados (Foto: Reprodução de vídeo)

 

Na outra ponta, os municípios de Granjeiro, Pacujá, Altaneira, Ererê, Senador Sá, Umari, Antonina do Norte e Arneiroz são os que possuem menor participação no PIB estadual em 2018. Guaramiranga e Pires Ferreira também chamam atenção: a serra ocupava a 158° posição em 2002, passando para a 174° em 2018. Já Pires Ferreira estava em 164° em 2002, chegando a 172° em 2018.

Ao todo, no Ceará, somente seis municípios possuem PIB acima de R$ 3 bilhões: Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, Juazeiro do Norte, Sobral e São Gonçalo do Amarante.

PIB per capita

 

Já quando pensamos em PIB per capita, ou seja, a soma das riquezas do município dividida por sua população, são dez cidades cearenses de maior participação: São Gonçalo do Amarante, Eusébio, Maracanaú, Horizonte, Fortaleza, Penaforte, Sobral, Quixeré e Pereiro.

Em São Gonçalo do Amarante, o valor per capita chega a R$ 87. 086 por ano. O município saltou da posição 65° em 2002 para a 1° em 2018.

Os menores PIBs per capita ficam em Pires Ferreira, Tejuçuoca, Caridade, Catarina, Itatira, Choró, Poranga, Morrinhhos, Chaval e Coreaú. No total, 67 municípios do Ceará possuem PIB per capita inferior à R$ 7. 500 (caso das cidades acima citadas).

Oito municípios detinham 25% do PIB do país em 2018

 

Nacionalmente, segundo o IBGE, em 2018, 1/4 do PIB do País vinha de apenas oito municípios. O líder em participação era São Paulo (SP), responsável por 10,2% do PIB do País que, naquele ano, chegou a R$ 7,0 trilhões. Já o município com o maior PIB per capita foi Presidente Kennedy (ES), com R$ 583.171,85.

A densidade econômica do País era de R$ 824 mil por quilômetro quadrado (R$/km²). Osasco (SP) era o município com a maior densidade, gerando R$ 1,1 bilhão/km².

Entre 2017 e 2018, os municípios com maior ganho de participação no PIB do País foram Maricá (RJ), Niterói (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ), cada um com acréscimo de 0,2 ponto percentual (p.p.). Os três ganhos se deveram à alta do preço do petróleo em 2018.

A atividade econômica na Cidade-região de São Paulo, que reúne 92 municípios adjacentes com forte interação, gerava o equivalente a 1/4 do PIB do país.

Em 49,2% dos municípios do país, a administração pública foi a principal atividade econômica em 2018. Esse predomínio ocorria em mais de 90% dos municípios do Acre, Roraima, Amapá, Piauí, Paraíba, Distrito Federal e em apenas 9,6% dos municípios do estado de São Paulo.


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