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Governo do Ceará assina memorando para usina de urânio em Santa Quitéria

Previsão de investimento de consórcio composto por INB e a mineradora Galvani é de 400 milhões de dólares

O governador Camilo Santana (PT) assinou nesta segunda-feira, 28, um memorando de entendimento para construção de uma usina para exploração de urânio e fosfato no Ceará. O Consórcio Santa Quitéria, composto pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a mineradora Galvani esperam investir 400 milhões de dólares no empreendimento.

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A Usina Itataia prevê gerar cerca de 2,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos na operação para construção de duas plantas. Segundo os investidores é a maior área de reserva de urânio associado ao fosfato no planeta. Previsão é que a operação seja iniciada em 2023.

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Projeto revisado

Em fevereiro de 2019, O POVO noticiou em primeira mão que o projeto de instalação da usina foi negado pelo Ibama. Segundo o órgão, à época, o "projeto de mineração de fosfato e urânio foi arquivado em razão da inviabilidade ambiental do estudo apresentado".

O Ibama ainda não detalhou o que chamou de arquivamento do processo por "inviabilidade ambiental do estudo apresentado" pelo Consórcio Santa Quitéria. Porém, acabou concordando com pontos da representação que apontam, por exemplo, a "ausência de dados sobre radiação" no manejo do urânio, "subdimensionamento de riscos", "ausência de efetividade das medidas mitigadoras", "ausência de comunidades no diagnóstico social" e a "falta de simulação computacional sobre dispersão de poluentes radioativos".

Nesta solenidade, a secretária adjunta de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do Ministério de Minas e Energia, Lília Mascarenhas Sant'Agostino, aproveitou a oportunidade e esclareceu que esse é um projeto repaginado em comparação ao que foi recusado pelo Ibama em 2019, pois já prevê novos pilares de uso de água.

"É um projeto prioritário do Governo Federal", afirmou. Ainda disse que o Ministério tenta dar maior celeridade às análises desses projetos. "É um exemplo da mineração que queremos para o Brasil, com preocupação para o desenvolvimento socioeconômico", complementa.

Potencial

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), ressaltou que esse é um projeto que já é prospectado há muitos anos e por diversos governos estaduais. A exploração deixará o Brasil autossuficiente em produção de urânio e fosfato. Camilo ainda disse que 80% dos fertilizantes utilizados no Brasil são importados e a produção, a partir do Ceará, poderá suprir essa demanda.

"Esse é um projeto antigo que o Ceará almeja. Esse será um passo importante para movimentar esse setor no Brasil", acrescenta o governador.

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