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Renovação de auxílio emergencial por mais seis meses custará R$ 300 bilhões, diz Mansueto

Entrevistado no Jornal da CBN desta segunda-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, apontou que o valor representa um gasto acima de 4% do PIB. O cearense pediu demissão do Governo no domingo
16:42 | Jun. 15, 2020
Autor Redação O POVO
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Mansueto Almeida, que nesse domingo, 14, pediu demissão do cargo de secretário do Tesouro Nacional, afirmou, em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira, 15, que haverá gasto de R$ 300 bilhões caso seja aprovado o auxílio emergencial no valor atual de R$ 600 por mais seis meses. Segundo o economista, o investimento mensal no benefício é de R$ 50 bilhões.

“A gente tá falando de um gasto acima de 4% do PIB. Significa que a dívida que a gente falou que vai crescer, crescerá ainda mais. A conta ficará ainda mais salgada e aí preocupa. Eu acho melhor a gente partir para um discussão mais racional”, declarou. Mansueto é visto, pelo Planalto e por analistas, como o responsável pela contenção de gastos do Governo Federal.

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Ainda na entrevista, ele afirmou que as diretrizes do Tesouro Nacional não devem sofrer alterações com a saída dele. Segundo o economista, possíveis mudanças só vão acontecer se o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixar o cargo. “Com o ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia, eu não tenho esse receio. Para eventualmente ter um risco de mudança na direção da política econômica e da política fiscal, seria necessário que o ministro Paulo Guedes não estivesse no Ministério da Economia e houvesse uma mudança constitucional. E ninguém quer isso. Ao contrário”, pontuou.

De acordo com Mansueto, para um ajuste fiscal e aprovação de reformas é necessário um ponto de diálogo entre o Governo e o Congresso Nacional. “E digo ainda mais: entre o Poder Judiciário também, porque no Brasil tem a tradição de judicializar várias causas quando algum grupo político perde no Congresso. Então é muito importante que os três Poderes conversem e tenham calma, porque o período pós-pandemia pro Brasil e pro resto do mundo será difícil”, afirmou.

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