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Controladoras da TIM e Vivo têm interesse em comprar parte da Oi

TPAR e Telefônica Brasil emitiram fato relevante em que confirmam querer adquirir a operação de telefonia móvel da operadora

A Vivo e a TIM têm, oficialmente, interesse em adquirir a parte de telefonia móvel da Oi. As controladoras TIM Participações (TPAR), da TIM, e Telefônica Brasil, da Vivo, informaram aos investidores nesta quarta-feira, 11, que pretendem realizar uma aquisição conjunta "total ou parcial" da parte da operadora responsável pelas linhas de celular.

A Oi também se manifestou, informando que as manifestações ocorrem "dentro de um processo de consulta de mercado", e que "segue analisando todas as alternativas existentes" para concretizar o plano estratégico da empresa. Afirmou, ainda, que tem planos de se tornar a maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do País. A operadora está em recuperação judicial desde 2016 e possui uma dívida bilionária, portanto busca saídas para se tornar mais rentável.

As empresas emitiram comunicados de "fato relevante", documento que deve ser publicado por empresas com negociação na bolsa de valores em caso de movimentações que gerem grande impacto no mercado. As ações da Oi chegaram a ser negociadas hoje com alta de 21,3% em relação ao fechamento de ontem, enquanto os valores máximos de da TPAR (8,2%) e da Telefônica Brasil (5,4%) foram mais tímidos.

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TPAR e Telefônica preveem que a concretização do negócio deve gerar "eficiência operacional" e melhorar a qualidade do serviço das operadoras. Elas avaliam, também, que o mercado de telecomunicações no Brasil seria beneficiado com maior competitividade e capacidade de investimentos.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do governo que fiscaliza grandes aquisições empresariais para evitar a formação de oligopólios, tem ressalvas a respeito das negociações de venda da Oi. De acordo com relatório emitido pelo Conselho em setembro de 2019, ao avaliar a compra da Nextel pela Claro, a redução do número de operadoras de celular no Brasil, de quatro para três, "resultaria em uma clara preocupação quanto ao aumento da possibilidade de atuação coordenada". O Cade afirma no documento que essas movimentações do mercado demandam "extremo cuidado" por parte do Conselho, para garantir a livre concorrência.

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