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Companhias aéreas de baixo custo passam a cobrar por mala de mão

A cobrança tem sido feita pelas agências Norwegian e JetSmart, empresas internacionais de baixo custo que atuam no Brasil

Algumas empresas aéreas que operam no Brasil estão usando de recursos para que passageiros passem a pagar pelo transporte da mala de mão de 10 quilos. A cobrança tem sido feita pelas agências Norwegian e JetSmart, companhias internacionais de baixo custo que atuam no Brasil. 

As companhias aéreas são, de acordo com resolução n° 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), obrigadas a permitir o transporte de uma bagagem de até 10 quilos, sem que isso gere custos ao passageiro. No entanto, existe algumas “brechas” que permitem a cobrança. Uma delas é a delimitação do tipo de volume ou local onde a bagagem deve ser guardada dentro da cabine, estabelecida pela empresa. A norma garante também que qualquer item, além da mala, pode ser cobrado pelas aéreas.

Segundo informações do Uol, as empresas Norwegian e JetSmart estariam delimitando, desde o final de janeiro deste ano, o número de pertences dos passageiros. O usuário das companhias passou a poder carregar apenas uma bagagem pessoal com até 10 quilos. Atualmente, a maior parte das aéreas permite que o passageiro transporte uma mala de mão de até 10 quilos e uma bagagem pessoal de até três quilos em voos nacionais. Ao restringir o número de pertences, as empresas passam a considerar mala de mão como “bagagem”, cobrando pelo transporte da mesma.

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O economista Alex Araújo afirma que, caso as empresas aéreas nacionais também adotem essa medida, o meio de transporte vai passar a ser ainda “mais seletivo”. De acordo com ele, a cobrança pela mala de mão e o preço alto das passagens vão fazer com que as pessoas passem a pensar em fazer um turismo mais regional, evitando viagens que precisem de avião. “Praticamente só as empresas serão capazes de arcar com os custos. O que vai fazer com que o transporte se limite a viagens de negócios”, avalia.

Em nota, a Anac alegou que as empresas Norwegian e JetSmart não estariam agindo ilegalmente, uma vez que elas seriam responsáveis por definir as dimensões da bagagem de mão, assim como a quantidade de peças definidas no contrato de transporte. “Não há irregularidade no que está sendo praticado” , destaca o órgão.

Procurada pelo O POVO, a empresa aérea nacional Azul informou que não pretende adotar a cobrança, mas alertou quanto ao fato dos usuários precisarem se atentar as regras da companhia, que determina que a mala ou mochila precisa ter 10 quilos e até 55 centímetros de altura. A aérea Gol também alegou que não adotaria e nem planeja adotar a medida, continuando com a gratuidade da mala de até 10 quilos. A Latam informou que continuaria seguindo as normas da Anac, descartando possibilidade de mudança.


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