Confiança dos empresários atinge menor nível desde outubro
O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 2 pontos de abril para maio. Com a queda, o indicador atingiu 91,8 pontos, em uma escala de zero a 200, o menor nível desde outubro último. Desde janeiro, o índice, que mede a confiança dos empresários da indústria, dos serviços, do comércio e da construção, acumula queda de 5,7 pontos, de acordo com a FGV. O Índice de Situação Atual, que apura a confiança no presente, caiu 0,7 ponto, indo para 89,5 pontos. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, recuou 2,2 pontos, para 96,1 pontos. Os quatro setores pesquisados pela FGV tiveram queda na confiança empresarial: indústria (-0,7 ponto), serviços (-3,1 pontos), comércio (-5,4 pontos) e construção (-1,8 ponto). De acordo com o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., o resultado retrata uma economia com um nível de atividade fraco e com um quadro de relativo pessimismo com a possibilidade de uma aceleração consistente nos próximos meses.
Indicador de incerteza da economia tem maior nívelO Indicador de Incerteza da Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 2,2 pontos de abril para maio e atingiu para 119,5 pontos. Esse é o maior nível desde setembro de 2018: 121,5 pontos. O indicador é medido em uma escala de zero a 200 em que as pontuações mais próximas de 200 mostram um cenário de maior incerteza. A alta foi influenciada pelo componente de mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza na mídia, que subiu 3,3 pontos entre abril e maio.
Já o componente de expectativa, construído a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos, registrou queda de 3,1 pontos. Para a pesquisadora da FGV Raíra Marotta, essa segunda alta consecutiva do indicador reflete, em maior grau, a instabilidade do ambiente político brasileiro e, em menor escala, a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
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AssineEla acredita que indicador recue nos próximos meses, quando se terá maior clareza quanto à aprovação da Reforma da Previdência e com relação ao abrandamento das tensões entre o Executivo e Legislativo.
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