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M. Dias Branco fecha 2018 com receita líquida de R$ 6 bilhões

O resultado é considerado maior que a média dos últimos seis anos
21:51 | Mar. 11, 2019
Autor Beatriz Cavalcante
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Beatriz Cavalcante Articulista quinzenal do O POVO
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Tipo Notícia

A M. Dias Branco fechou 2018 com receita líquida de R$ 6,025 bilhões, representando crescimento de 11,3% em relação 2017. O valor é maior que a média dos últimos seis anos.

O dado foi divulgado em demonstração financeira da empresa, e há impacto da aquisição de R$ 1,5 bilhão da Piraquê pelo Grupo, contemplando informações da nova marca de 17 de maio a 31 de dezembro de 2018.

Na expansão de participação de mercado (market share), houve um salto de 31,9% para 35,6% em biscoitos e de 33,5% para 37,9% em massas no País. A base de comparação é entre o último bimestre de 2017 e igual período de 2018. Assim, a companhia permanece como líder nacional no mercado de biscoitos e massas.

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Porém, ante a forte alta do trigo, principal insumo dos itens do Grupo, e com despesas não recorrentes, a lucratividade da M. Dias Branco foi impactada negativamente, com a margem Ebitda passando de 17,8% em 2017 para 15,5% da receita líquida no ano passado.

Com R$ 933 milhões, o resultado do Ebitda caiu 3,5% no ano passado.

Este indicador é usado para avaliação de empresas de capital aberto e significa lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

Enquanto o lucro líquido passou de R$ 844,3 milhões no exercício de 2017 para R$ 723,5 milhões em 2018, queda de 14,3%, o lucro bruto apresentou crescimento em valores nominais de 2% e redução de margem bruta de 3,4 pontos percentuais (p.p.), em decorrência, principalmente, da redução dos volumes de vendas e da elevação dos custos, sobretudo do custo do trigo em grão.

"Vale destacar que os reajustes de preços realizados ao longo do ano, somados aos impactos da aquisição da Piraquê, contribuíram para compensar parcialmente os efeitos do aumento substancial do custo do trigo", informa o relatório da empresa.

Segundo os resultados, os custos dos produtos vendidos representaram 66,5% da receita líquida do período (62,4% em 2017). E as despesas operacionais aumentaram 9,4% em 2018 em relação ao ano anterior. Porém, apresentaram uma redução de 0,4 p.p. na sua representatividade sobre a receita líquida, "justificada principalmente pela gestão mais rigorosa das despesas".

As outras despesas (receitas) operacionais passaram de uma despesa de R$ 75,5 milhões para R$ 40,7 milhões, um recuo de 46,1% no período comparativo de 2018/2017.

O resultado financeiro passou de uma receita de R$ 76,7 milhões em 2017 para uma receita de R$ 46,3 milhões em 2018. De acordo com a M. Dias Branco, a variação foi influenciada principalmente pela redução dos rendimentos sobre as aplicações financeiras da Companhia, decorrente do resgate de aplicações para pagamento da aquisição da Piraquê e da redução na taxa do CDI, bem como aumento de juros sobre financiamentos, decorrente da parcela retida da aquisição da nova marca e da captação de recursos no segundo trimestre do ano passado.

Além disso, em 2018, foram reconhecidas atualizações de créditos tributários, no montante de R$ 50,4 milhões, fruto principalmente de processos transitados em julgado de crédito de IPI sobre embalagem, relativo janeiro de 1993 a dezembro de 1998, e PIS/Cofins sobre importação, que somaram R$ 40,4 milhões.

SAIBA MAIS

Em 16 de maio de 2018, a Companhia adquiriu 100% do controle da Piraquê e, portanto, os resultados ora divulgados contemplam os efeitos dessa aquisição. No sentido de possibilitar uma análise do crescimento orgânico da Companhia, apresenta-se a receita líquida por linha de produto sem os efeitos dessa aquisição.

A representatividade do conjunto das regiões, exceto Nordeste, passou de 29,7% em 2017 para 35,7% em 2018, fruto da aquisição da Piraquê, com aproximadamente 95% das vendas realizadas na região Sudeste, além do crescimento das demais marcas da M. Dias Branco.

As exportações alcançaram 37 países (25 países em 2017), com uma receita bruta de R$ 46,0 milhões no ano de 2018 (+31,3% vs. 2017).

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