Liquidação da estatal Valec ainda não está definida, diz ministro
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse hoje (26) que não há decisão tomada sobre a extinção da empresa estatal Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. A empresa é responsável pela construção e manutenção de ferrovias. De acordo com o ministro, o governo quer diminuir o tamanho da máquina pública e a medida está em debate com o Ministério da Economia, mas ainda não há nada decidido.
"Não há decisão tomada, há uma ideia. A gente tem que fazer exercícios [financeiros], pois o espaço fiscal é pequeno e a gente acredita que há duplicidade entre a missão da Valec e do Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes]. Essa questão que vai ser tratada com a máxima responsabilidade. Vamos buscar a melhor alternativa para ver como aproveitar os servidores que a Valec possui, aproveitar os melhores quadros na administração", disse o ministro.
Tarcísio participou hoje (26) de uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado para apresentar as diretrizes e prioridades da pasta. Na apresentação feita aos senadores constava como definições do ministério a liquidação da Valec, da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e da Companhia Docas do Maranhão (Codomar).
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AssineNa explicação aos senadores, o ministro disse que a Valec tem uma missão ferroviária importante e que o ministério está estudando alternativas para a empresa. "Vamos estudar isso com toda a serenidade, tem gente no ministério debruçada sobre isso, vendo brechas legais para ver se é possível aproveitar os quadros da empresa", afirmou.
Na tarde de hoje, os servidores da Valec realizaram um protesto na Esplanada dos Ministérios contra uma possível extinção da estatal ferroviária.
InfraeroO ministro também falou sobre a situação da Infraero, empresa estatal de infraestrutura aeroportuária responsável por mais de 50 terminais no país. A proposta do governo é conceder à iniciativa privada os aeroportos à cargo da empresa. Em março, está marcado o leilão de 12 terminais.
"Vamos avaliar, com certeza ela [a Infraero] vai diminuir de tamanho e vamos ver qual é a nova vocação da empresa. Ela vai deixar de fazer administração aeroportuária, mas ela tem condição de prestar serviços? de fazer projetos de dar assistência à aviação regional?" questionou Tarcísio. "Isso tudo vai ser avaliado oportunamente. Uma coisa é fato, concessão de aeroportos é uma coisa que deu muito certo", afirmou.
O governo também pretende vender a participação da Infraero em aeroportos que já foram privatizados, como os aeroportos de Brasília (DF), Galeão (RJ), Confins (MG) e Guarulhos (SP). Nessas concessões a Infraero detém 49% da participação.
"Vamos vender os ativos. isso tem um custo horroroso para nós porque você aporta dinheiro e não tem controle. Então, o mais prudente a se fazer é vender essas participações. A venda é para agora, vamos começar a estudar e colocar para a venda", disse.
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