Empresas são alvos de ataques criminosos; prejuízo ultrapassa R$ 1 milhão
Duas companhias atingidas prestam serviços para a Enel e tiveram de suspender as atividades em Fortaleza e Região Metropolitana; 1.300 funcionários foram dispensados e sete automóveis incendiadosAlém da percepção de medo que tomou conta da Cidade e amainou o comércio neste fim de semana, a onda de violência provocou prejuízos materiais ao setor privado que ultrapassam R$ 1 milhão no Ceará.
Os relatos são de que pelo menos três empresas foram vítimas dos ataques, entre a noite de sexta-feira, 4, e a manhã deste sábado, 5. O modo de operar dos criminosos no comércio é incendiando os veículos. Ao todo, foram sete automóveis destruídos e 1.300 funcionários foram dispensados do trabalho.
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Quatro carros da empresa de infraestrutura elétrica Cosampa (sendo dois populares, um caminhão e uma moto) foram queimados na madrugada de sexta, 4, e na manhã do sábado, 5. O dano calculado é de R$ 300 mil. Os crimes ocorreram em Maranguape e no bairro Barroso, na Capital. A empresa precisou suspender as atividades. A companhia é prestadora de serviços da Enel Distribuição Ceará e responsável por todo o suporte de energia da Grande Fortaleza.
Jânio Costa, coordenador da companhia, explica que os 600 funcionários foram liberados e não há previsão de retorno. Com a operação suspensa, não haverá o atendimento nas regiões. “No momento em que estou parado, meu custo está rodando e não estou produzindo. Até tentamos rodar, mas ficou impossível. Mas o grande impacto é não ter o serviço essencial para a população. Só vamos conseguir atender com apoio policial”, lamenta.
A situação é a mesma para a B&Q Energia, que teve dois caminhões (modelos guindastes Mercedes Benz 1710 Premium) incendiados. Luís Queiroz, diretor comercial da firma, conta que o prejuízo é de R$ 500 mil. A empresa também é prestadora da Enel e teve que tirar a equipe de 700 funcionários das ruas.
“Os funcionários estavam trabalhando na restituição de uma rede e chegaram com revólver tacando fogo no caminho. É uma sensação de insegurança horrível. Até a situação melhorar, não temos como voltar para as ruas", explica. Os casos ocorreram em Canindé, no Norte do Estado, na madrugada de sexta-feira, 4, e na Avenida da Abolição, na Aldeota, na Capital.
Em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, cerca de 10 homens invadiram um canteiro de uma obra tocada pela Engexata Engenharia Ltda e atearam fogo em um trator de modelo retroescavadeira, equipamento avaliado entre R$ 250 mil e R$ 300 mil. O crime ocorreu por volta das 23 horas da sexta-feira, 4, próximo ao Rio Maranguapinho.
O proprietário da empresa, Ananias Granja, lamentou o incidente. “Nos preocupa a solução do problema da segurança. Na ocasião, havia apenas um vigilante, que teve que se recolher para não ser atingido pelos criminosos. Eles chegaram, jogaram fogo e queimaram tudo”, relata.
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