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Pesquisa revela que setor de serviços tem seguidas quedas no CE; média nacional avança 1,2%

Média nacional no setor de serviços aparece positiva pela terceira vez no ano; resultado poderia ser melhor não fossem os prejuízos causados pela greve dos caminhoneiros
22:51 | Out. 16, 2018
Autor Samuel Pimentel
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Samuel Pimentel Jornalista no OPOVO
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Tipo Notícia
[FOTO1]O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira, 16, os dados da pesquisa mensal de serviços no trimestre junho-agosto. Levantamento revela que o Ceará caminha na contramão do País registrando sucessivas quedas nos volumes de vendas. Média nacional apresenta tímida, mas constante recuperação, apesar da greve dos caminhoneiros.
  
No Ceará, o trimestre começou com aumentos no volume de serviços: 2,3% em junho; 1,8% em julho. Porém, em agosto houve decréscimo de 0,1%, o que confirmou uma trajetória descendente no período. Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a queda é de 6,5%. O acumulado do ano de 2018 no Estado é de queda e chega a 8,3%.
  
[SAIBAMAIS]Presidente da Confederação dos Dirigentes Lojistas (CDL), Assis Cavalcante acredita que outros fatores como o desemprego e a diminuição do poder de compra fizeram maior diferença do que índices favoráveis como a baixa taxa de juros e a queda do dólar. Ainda de acordo com Assis, além da greve dos caminhoneiros, o fator político influencia os resultados desse ano.
  
"Temos 13 milhões de desempregados, estamos diante de uma campanha política acirrada. Empresário nenhum investe nesse cenário esperando melhor momento e quem está empregado não está gastando em compras, viagens. Não há confiança", completa.
  
A nível nacional, o mês de agosto representou apenas a terceira taxa positiva deste ano, com 1,6% de alta no volume de serviços em comparação com o mesmo período do ano passado.
  
[FOTO2]  
Iniciada em meados de maio, a greve dos caminhoneiros foi a principal causa da queda de 3,4% do volume de receitas no setor de serviços naquele mês, segundo o IBGE. No período seguinte, em junho, o setor se recuperou e apresentou alta de 4,9% no índice. Logo no mês seguinte, em julho, houve nova queda, de 2%. Em agosto, o setor de serviços cresceu 1,2% em comparação com o mês anterior.
  
Com as variações, o volume total de movimentações no setor a nível nacional ficou 11,5% abaixo do recorde histórico registrado em 2014. Em 2018, o resultado acumulado teve queda de 0,5%, a menos intensa desde dezembro de 2014.

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