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Grupo Abril pede recuperação judicial na Vara de Falências

A medida foi tomada pouco tempo depois do anúncio de que fecharia diversos títulos, demitindo um número não divulgado de funcionários. Entre as publicações da editora estão as revistas Veja, Exame, Quatro Rodas, Cláudia, SuperInteressante, Capricho e Placar
20:17 | Ago. 15, 2018
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O Grupo Abril anunciou nesta quarta-feira, 15, que deu entrada em um pedido de recuperação judicial na Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A medida foi tomada pouco tempo depois do anúncio de que fecharia diversos títulos, demitindo um número não divulgado de funcionários. As informações são da Veja, marca do Grupo Abril.
 
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A recuperação judicial é prevista em lei e serve para que a empresa possa buscar um novo equilíbrio de suas contas. Normalmente, a empresa passa por um processo de recuperação quando está endividada e não consegue lucro suficiente para cumprir suas obrigações. A Abril pretende levar à recuperação judicial dívidas que somam cerca de 1,6 bilhão de reais. 
 

A empresa contratou recentemente a consultoria internacional Alvarez & Marsal, especializada em reestruturação organizacional. A equipe do executivo Marcos Haaland, sócio da consultora que assumiu a presidência executiva da empresa em julho, já implementou medidas de redução de despesas, entre as quais estão o fechamento de títulos e as demissões. Atualmente, o grupo mantém cerca de 3 mil funcionários.
 

Haaland concedeu entrevista, explicando o pedido de recuperação judicial. Segundo ele, "O patrimônio líquido se tornou negativo, e operacionalmente passou a consumir o caixa". Ele também afirmou que não tem previsão de novos cortes, e sim de um redesenho da companhia para os "desafios tecnológicos". “Vamos sair da recuperação judicial quanto antes, com a empresa novamente saneada e em condições de ter um longo futuro digital”, disse Haaland. 
 
Redação O POVO Online 

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