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Voos de hub em Fortaleza atrasam, mas Air France nega relação com greve de funcionários

Funcionários da Air France estão em greve, mas companhia diz que atrasos em Fortaleza foram causados por problemas técnicos
13:24 | Mai. 08, 2018
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A greve dos funcionários da Air-France, que afeta voos em diversos países, não afetou os voos do hub da Air France-KLM/Gol em Fortaleza. O grupo franco-holandês opera com quadro de funcionários reduzido e tem realocado passageiros com voos cancelados. Nesta terça-feira, 8, dois voos brasileiros foram cancelados: um de Paris à São Paulo (AF456) e outro de São Paulo à Paris (AF459). 

A decolagem do voo inaugural da rota Fortaleza-Amsterdã pela KLM teve demora. Além dele, outros dois já registraram problemas com horário. O segundo voo da Joon Paris-Fortaleza teve atraso de 1h10min. O terceiro da companhia, na rota Paris-Fortaleza, também registrou problemas. Segundo a assessoria, o atraso nas operações se deram por problemas técnicos com as aeronaves. 
 
Greve de funcionários 
 
Colaboradores de solo (2,9%), tripulação (17,8%) e pilotos(14,2%) aderiram greve contra as políticas financeiras da Air France. A assessoria da Air France no Brasil afirma que os atrasos registrados nos três voos da companhia, em Fortaleza, não tiveram relações com a greve dos funcionários da empresa, já que os voos cancelados são informados com 24 horas de antecedência; e, neste caso, nenhuma das operações incluíam voos que envolviam Fortaleza. 

Por outro lado, a assessoria afirma que é impossível afirmar se os voos que aterrissam e decolam na Capital estarão imunes aos próximos cancelamentos de viagens, uma vez que, as operações canceladas são informadas pela central francesa um dia antes do ato grevista. Apesar disso, a empresa afirmou em nota que não descarta atrasos sem o aviso prévio. 
 
[SAIBAMAIS] 
Impactos 
 
Para esta terça-feira, 8, a Air France tem operação de 80% dos voos planejados; destes, 95% são de longa distância partindo de Paris; os de média distância devem operar em 75% partindo de Charles de Gaulle; e 82% dos voos de curta distância do aeroporto de Orly.  

"A Air France deplora a continuação destas greves, especialmente por ser um período que se permita prosseguir com qualquer negociação. A companhia está fazendo todos os esforços para minimizar os inconvenientes que esta greve pode causar aos seus clientes", afirma em nota. 

Os funcionários da companhia aérea franco-holandesa reivindicam da direção, desde 20 de fevereiro, um aumento dos salários, que estão congelados desde 2011. Os sindicatos estimam que os trabalhadores merecem um aumento salarial considerados os bons resultados operacionais da companhia.

"É necessário continuar pressionando por nossas reivindicações salariais", afirmaram os sindicatos SNPL, Spaf e Alter em um comunicado no fim de abril, no qual garantiram que o objetivo é "assinar um acordo razoável para todo mundo".

A direção propõe um aumento de 2% dos salários este ano e um adicional de 5% em três anos. A representação inter-sindical pede um aumento geral de 5,1% este ano. 
 
As greves já custaram em torno de US$ 360 milhões para a Air France. Após diversas tentativas inválidas para fechar acordo com funcionários, o CEO da empresa, Jean-Marc Janaillac,  pediu demissão na última sexta-feira, 4 . A renúncia resultou na queda de 13% das ações do grupo na Bolsa de Valores. O ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, informou que a companhia aérea pode "desaparecer" se as greves continuarem.
 
Redação O POVO Online 
 
 
 

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