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Vendas no varejo do Ceará caem 0,6% em fevereiro

A comparação é com o mês de janeiro. A queda é normal no mês, mais curto, segundo dirigente lojista, e a tendência é de retomada de crescimento nos outros meses. Em comparação com fevereiro de 2017, o crescimento foi também de 0,6%
22:30 | Abr. 12, 2018
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Comércio varejista no Ceará sofreu retração de 0,6% em fevereiro deste ano, de acordo Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é negativo em comparação com o mês anterior, que apresentou crescimento de 2,1% em relação a dezembro de 2017.

[SAIBAMAIS]Porém, comparando-se a fevereiro de 2017, o crescimento foi de 0,6%, e o saldo acumulado da variação de 2018 é 1,4%.

No Brasil, também houve desaceleração no setor, da ordem de 0,2% em fevereiro. O mês, contudo, cresceu 1,3% em relação a fevereiro do ano passado e o acumulado dos últimos 12 meses teve alta de 2,8%.

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No Ceará, esse acumulado do último ano é negativo, repetindo os 0,6% de desaceleração no comércio.

Segundo Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FDL-CE), todos os índices estão dentro do esperado e correspondem ao vivido pelo lojistas, e a tendência ainda é de crescimento em 2018.

Conforme explica, fevereiro "nunca é muito bom, por ser um mês curto", mas o deste ano "de fato foi atípico". "Este ano a grita foi geral. Não sei a que atribuir essa queda do nosso setor, mas a grita que eu sinto, a reclamação, é grande. Não foi bom", diz.

Freitas ainda avisa: "Março não foi diferente, pelo que a gente sente. Quando vierem as pesquisas de março, elas vão certamente apontar isso."

Entretanto, o lojista afirma que os fatores e números, no geral, "até que são bons" quando comparados com o que "se está acostumado a ver do estado da política" e mesmo ao ano passado, quando o setor varejista "chegou ao fundo do poço".

"Fevereiro de 2017 foi muito ruim, estava no auge da crise. Agora é ruim, não cresceu, mas ainda é bem melhor do que fevereiro do ano passado. Não tinha mais por onde piorar, chegou no fundo do poço; não tinha mais por onde baixar, e reagiu, melhorou."

Para ele, "abril está sendo melhor", e o varejo será ainda mais impulsonado por datas comemorativas, como o dia das mães, no dia 13 de maio. Ele interpreta a queda de 0,6% dos últimos 12 meses como resultado ainda do "impacto do momento muito ruim de 2017". "Mas a perspectiva é ascender. É uma rampa de saida muito leve, suave, com oscilações. Não é todo tempo crescendo: é um cresce e desce muito tormentoso. O investidor precisa ter coragem", contemporiza.

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