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Brasileiros veem corrupção e violência como maiores empecilhos, aponta pesquisa

O maior desejo para o futuro da sociedade seria a melhora na saúde, seguido por Justiça, paz, oportunidades de emprego e cuidado com pessoas idosas
21:34 | Out. 24, 2017
Autor Isabel Filgueiras
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Tipo Notícia

A corrupção é a maior barreira contra o desenvolvimento do Brasil, segundo a pesquisa de valores do brasileiro da consultoria Crescimentum, em parceria com o Datafolha. A mostra teve 2422 respondentes que nomearam ainda a violência, como segunda maior causa de atraso no País, seguida da pobreza e da degradação do meio ambiente.

No levantamento realizado neste ano, foram entrevistadas pessoas a partir dos 16 anos de todas as regiões do Brasil, levando em consideração a proporcionalidade de classes sociais e nível de escolaridade de acordo com o IBGE. Para 1754 dos respondentes, a corrupção é a maior causa de atraso no País, 1504 disseram ser a violência, 1292, a pobreza e 1026, a degradação do meio ambiente.

No valores pessoais, o brasileiro, aponta o estudo, preza sobretudo pela amizade (1096). Mesmo acima da família (881) e da alegria (1020). Honestidade e humildade também estão entre os principais guias de conduto e mostram como o brasileiro se vê. Para os respondentes, o povo é honesto, apesar de o País sofrer uma epidemia de corrupção. Os maiores desejos dos entrevistados demonstra que os brasileiros mais desejam para o futuro, dentro da sociedade, é cuidados com a saúde.

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Em segundo lugar, querem Justiça (739), paz (729), oportunidades de emprego (696) e cuidado com pessoas idosas. Os organizadores da pesquisa revelam ainda que a preocupação com os idosos segue uma tendência mundial, comparando resultados do mesmo estudo em outros países, inclusive da Europa.

De acordo com o diretor da Crescimentum, Guilherme Marback, quando comparada à pesquisa anterior, realizada em 2010, o brasileiro se mostra um indivíduo mais consciente da responsabilidade por seus próprios problemas e menos ligado à lógica do paternalismo. "O brasileiro de 2017 sente-se mais empoderado, confiante, e passou a valorizar a educação como meio de transformação pessoal, talvez até mais que o funcionamento das instituições do país onde vive", afirma.

O estudo foi realizado dentro da metodologia de valores do britânico Richard Barret, que está no Brasil para apresentar a pesquisa. Segundo ele, a maioria das nações com o mesmo nível de desenvolvimento, por exemplo, na América Latina, possuem medidores e valores similares ao do Brasil.

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