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80% dos brasileiros cortaram gastos em 2017 por conta da crise econômica

Segundo o levantamento, o principal item cortado por esses consumidores foi a alimentação fora de casa. O estudo aponta que a melhora de índices como a queda da inflação e da taxa de juros ainda não impactaram de forma positiva no cotidiano do consumidor
14:10 | Jul. 10, 2017
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Tipo Notícia
80% dos brasileiros tiveram de reduzir gastos devido à crise econômica no primeiro semestre deste ano, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 10, pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Segundo o levantamento, o principal item cortado por esses consumidores foi a alimentação fora de casa, citado por 57% das pessoas. Outros produtos e serviços que também deixaram de ser prioridade no orçamento dos brasileiros foram as roupas, calçados e assessórios (55%), idas a bares e restaurantes (53%), gastos com lazer e cultura, como cinema e teatro (51%), viagens (51%), idas a salões de beleza (50%).

O estudo aponta que a melhora de índices como a queda da inflação e da taxa de juros ainda não impactaram de forma positiva no cotidiano do consumidor.  De acordo com o balanço do primeiro semestre, para 76% dos consumidores, a vida financeira pessoal continuou igual ou pior do que no ano passado. Apenas 19% consideram que houve melhora no período avaliado.

Ainda conforme a pesquisa, 39% dos brasileiros acreditam que as condições da economia pioraram nos seis primeiros meses deste ano em relação ao ano passado, enquanto para 38%, ela se manteve do mesmo jeito.

“A reconquista da confiança dos brasileiros ainda demandará tempo e depende de resultados mais palpáveis no campo econômico. No momento, a condição para que a economia melhore é a solução do impasse político e a aprovação das reformas estruturais, como a da previdência e a trabalhista. As projeções indicavam que o início da recuperação se daria ao longo do segundo semestre. Agora, porém, levantam-se muitas dúvidas sobre essa possibilidade acontecer neste ano”, avalia o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
 
Metodologia

A pesquisa ouviu 600 consumidores de ambos os gêneros, todas as idades, classes sociais e acima de 18 anos nas 27 capitais. A margem de erro é de 3,99 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. 
 
 
Redação O POVO Online 

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