Parque Recreio venderá todos os produtos com 40% de desconto

[FOTO1]O Clube Parque Recreio anunciou que venderá com 40% de desconto em todos os produtos das lojas do Grupo, de acordo com Zelson Aguiar, coordenador de massa falida da empresa. Ainda segundo ele, não é possivel afirmar quando começará a venda com preço reduzido, no entanto, o coordenador afirmou que as promoções fazem parte de um processo que visa zerar o estoque das lojas.

Na manhã desta terça-feira, alguns clientes chegaram ao local para saber sobre a promoção das lojas, mas nenhum obteve resposta. O clube se encontrava fechado e apenas dois porteiros estavam trabalhando. Zelson não conversou com os clientes. 

Além dos consumidores, alguns funcionários da empresa procuraram por Zelson para saber sobre suas situações trabalhistas. Dois deles que não quiseram se identificar contaram que trabalharam na última semana, ganharam folga no domingo e quando retornaram para exercer suas atividades na última segunda-feira, 6, estava tudo fechado. Segundo eles, ninguém entrou em contato para informá-los sobre a situação. O coordenador de massa falida disse que todos os trabalhadores do grupo encontram-se em processo de desligamento.

Na véspera, a Justiça decretou a prisão preventiva de Genil Araújo Camelo, proprietário do Parque Recreio, e falência do Grupo. O empresário foi indiciado de movimentar o patrimônio da L.D Comércio, pertencente ao Grupo, cujos bens estão bloqueados judicialmente para pagar funcionários e credores da empresa falida. O decreto foi proferido pelo juiz Cláudio de Paula Pessoa da 2ª Vara de Recuperação e Falências do Poder Judiciário do Estado do Ceará, localizada na Comarca de Fortaleza, no Fórum Clóvis Beviláqua.

 

Ex-funcionários da empresa estiveram também nesta manhã na sede do Parque Recreio para saber sobre a liquidação. Um deles que disse ter trabalhado no local por 5 anos contou que o clube vinha desde o último mês de maio atrasando os salários dos funcionários. Além disso, o ex-funcionário afirmou que direitos trabalhistas como fundo para o INSS e o salário assinado na carteira não eram respeitados. "Eles nos pagavam como queriam. Por exemplo, se meu salário fosse R$ 2.000, em alguns meses, eu poderia receber apenas R$ 1.000. Eles alegavam que os redimentos foram abaixo do esperado. A empresa não cumpria com o que assinava em nossas carteiras de trabalho", afirmou uma fonte que não quis se identificar.