Mercado de trabalho tem 24,3 trabalhadores subutilizados
Na região Nordeste, a taxa de desocupação ficou acima da média nacional, sendo o maior índice do PaísA taxa de subutilização da força do trabalho (que agrega a taxa de desocupação, taxa de subocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial) ficou em 22,2%, representando 24,3 milhões de pessoas, no último trimestre do ano passado. A taxa ficou acima do resultado do 3º trimestre de 2016 (21,2%) e do 4º trimestre de 2015 (17,3%), de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 23, pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, em 2016, o índice ficou em 20,9%, em média. A região Nordeste teve a maior taxa (33,0%) no 4º trimestre, enquanto a menor ocorreu no Sul (13,4%).
Já a taxa de desocupação no 4º trimestre de 2016, cujo dado para o Brasil o IBGE já havia divulgado em janeiro (12,0%), ficou acima da média nacional nas regiões Nordeste (14,4%), Norte (12,7%) e Sudeste (12,3%). Centro-Oeste (10,9%) e Sul (7,7%) foram as regiões cujas taxas ficaram abaixo do indicador para o Brasil. Na desagregação por cor ou raça, dado que o estudo divulga nesta quinta-feira pela primeira vez, as taxas de desocupação das pessoas de cor preta (14,4%) e parda (14,1%) ficaram acima da média nacional, enquanto a dos brancos situou-se em 9,5%.
Segundo o levantamento, o percentual de mulheres (50,3%) na população desocupada foi superior ao de homens (49,7%) no 4º trimestre, o que se repetiu em quase todas as regiões. A exceção foi a região Nordeste, onde as mulheres representavam 48,7% da população desocupada. Na região Centro-Oeste, o percentual das mulheres foi o maior (52,9%).
De acordo com o IBGE, na região Nordeste (37,5%), o percentual de pessoas nos níveis de instrução mais baixos (não tinham concluído o ensino fundamental) era maior que o observado nas demais regiões. Nas regiões Sudeste (62,4%) e Sul (55,6%), o percentual das pessoas que concluíram ensino médio era superior ao das demais regiões. A região Sudeste foi a que apresentou o maior número de pessoas com nível superior completo (21,9%), enquanto no Nordeste teve o menor (12,9%).
O estudo ainda apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho. Na região Nordeste (30,2%), o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões. Por outro lado, na categoria dos empregados foi constatado que as Regiões Sudeste (72,6%) e Centro-Oeste (71,7%) apresentaram participação maior destes trabalhadores.
Redação O POVO Online
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