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Avibrás demite e funcionários fazem greve

06:54 | Set. 02, 2016
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A Avibrás, indústria aeroespacial que produz sistemas de defesa como mísseis, foguetes e veículos lançadores, está com as atividades paralisadas desde a tarde de quarta-feira, 31, quando teve início uma greve após a demissão de 117 funcionários na unidade de Jacareí (SP). O grupo emprega 1,9 mil pessoas.

A empresa alega que o corte foi necessário em razão da redução no ritmo de contratos. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região contesta a justificativa e afirma que, nesta semana, a Avibrás anunciou ter assinado contrato para venda de 70 veículos lançadores de foguetes e mísseis, avaliados entre US$ 4 milhões e US$ 8 milhões cada um.

"A Avibrás vive um de seus melhores momentos financeiros. Não há ociosidade na produção. Ao contrário, está contratando funcionários", diz o diretor do sindicato, Sérgio Henrique Machado.

Em nota, a empresa afirma que tentou negociar com o sindicato um pacote de benefícios aos demitidos. A entidade sugeriu, por sua vez, a adoção de um período de licença remunerada aos trabalhadores, mas não houve acordo entre as partes.

Keiper

A metalúrgica Keiper, fabricante de bancos automotivos do grupo Prevent, iniciou na quinta-feira, 1º, o envio de telegramas com aviso de demissão a funcionários da unidade de Mauá (SP) que estão em licença. O número de cortes não foi informado, mas o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Região fala em 300, de um total de 420 funcionários. A Keiper está com a produção parada desde o rompimento de contrato por parte da Volkswagen, sua principal cliente, no início de agosto.

A montadora informa que rescindiu o contrato e recorreu à Justiça para reaver ferramentais de sua propriedade em poder da Keiper, "após o descumprimento de 11 acordos comerciais estabelecidos desde março de 2015, quando teve início interrupções de fornecimento que geraram a perda de produção de 140 mil veículos em mais de 150 dias de paralisação nas fábricas da empresa."

Os trabalhadores das quatro fábricas da Volkswagen estão em licença desde o dia 15 aguardando a nomeação de novos fornecedores. O diretor do sindicato, Adilson Torres dos Santos, teme pelo não pagamento das rescisões na Keiper e ameaça ir à Justiça pedir o bloqueio das contas da empresa e arresto de maquinário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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