Retomada da economia virá via investimento e não via consumo, diz Gesner Oliveira
Na avaliação de Oliveira, o ambiente se tornaria mais favorável com a adoção de medidas que elevem o financiamento de longo prazo via mercado, para estimular a tomada de crédito, a implementação de uma reforma da Previdência, para ajustar as contas públicas, e uma reforma trabalhista, para aumentar a competitividade.
"No curto prazo, as duas reformas são mais difíceis, mas o financiamento não requer grandes mudanças", disse o economista, que elogiou o Programa de Parcerias do Investimentos lançado pelo governo Temer. "Do ponto de vista das diretrizes, me parece muito bom", afirmou.
Oliveira declarou, no entanto, que o presidente em exercício, Michel Temer, terá a baixa popularidade como entrave à governabilidade. "Em contraste com o governo Itamar Franco, que também veio após um impeachment, a estabilização é mais difícil do ponto de vista da popularidade. No governo Itamar, as taxas de inflação baixaram rapidamente e houve redução de impostos inflacionários, o que gerou um boom no consumo. Não haverá esse evento de popularidade com Temer. O governo terá de fazer reformas profundas que não geram aumento de consumo", comparou.
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