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Fornecimento de combustível em Fortaleza começa ser regularizado

15:33 | Ago. 19, 2016
Autor Irna Cavalcante
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Irna Cavalcante Repórter no OPOVO
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Tipo Notícia
Com o desbloqueio dos portões da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás no Ceará, o transporte de combustível começa a ser regularizado na capital. Nos últimos três dias, a distribuição ficou comprometida em função da greve nacional dos funcionários que protestam contra a venda de parte da subsidiária. A paralisação só está prevista para terminar hoje a meia-noite, mas com a liberação do portão, algumas operações começam a ser retomadas.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindipostos-CE), no período, pelo menos dez postos no Estado ficaram sem ter como funcionar.

“É prejuízo muito grande. Desde terça-feira não houve abastecimento, só conseguiam sair alguns carregamentos e ainda assim de madrugada. Agora, os portões foram liberados, mas eles ainda não estão operando com capacidade plena, o que prejudicou o funcionamento dos postos”, reclamou o presidente do Sindipostos, Antônio Machado. Ele diz que o prejuízo estimado no período é de pelo menos 10% do faturamento do mês.

No posto São Cristovão, no km 15 da BR-116, em Fortaleza, as atividades só voltaram à normalidade hoje pela manhã. “Foram dois dias e meio sem combustível nas bombas, ficou funcionando apenas a loja de conveniência. Foi um prejuízo muito grande, porque este é nosso principal produto”, afirmou o gerente de vendas do posto, Fabiano Ferreira.

A greve dos funcionários foi iniciada na última segunda-feira, 15 e tem previsão de encerrar à meia noite de hoje. Porém, ontem, a BR Distribuidora conseguiu uma liminar na Justiça que assegurou o desbloqueio dos portões.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comercio de Minérios e Sindicato dos Trabalhadores no Comercio de Minérios e Derivados de Petróleo de Fortaleza (Sintramico), Maurício Moura, explica que a decisão da ação, chamada interdito proibitório, discute direito de posse e não de greve. “O que a gente não pode mais era bloquear o portão, mas mesmo assim muitos aderiram ao movimento e não estão trabalhando”.

Ele esclarece que o objetivo da paralisação de cinco dias é chamar a atenção da população para o risco de uma privatização. “Não podemos abrir mão do nosso patrimônio”.

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