Brexit criou obstáculos para economia da zona do euro e mais incertezas, diz BCE
O BCE manteve sua política em julho e o presidente do BCE não sinalizou que a entidade fortalecerá seus estímulos em breve. O BCE já cortou as taxas de juros para níveis abaixo de zero e compra 80 bilhões de euros (US$ 90,18 bilhões) ao mês em grande medida em bônus de governos da zona do euro, em um esforço para apoiar a economia. Ainda assim, a inflação está perto de zero e o panorama econômico é incerto, o que leva a maioria dos economistas a esperar que o BCE prorrogue suas compras de bônus em pelo menos seis meses.
Os dirigentes do banco central reconheceram "novos ventos contrários" para a recuperação econômica do bloco, após o voto pelo "Brexit". Eles ressaltaram que estão prontos a dar novos estímulos, caso seja necessário. Segundo os dirigentes, porém, foi avaliado que "era prematuro discutir qualquer reação monetária possível nesse estágio", mostrou a ata. "Mais tempo era necessário para avaliar as informações por vir nos próximos meses, ainda que os riscos de baixa claramente tenham aumentado."
Na avaliação dos dirigentes, o BCE viu um impacto "contido" nos mercados do voto pelo Brexit no Reino Unido. Por outro lado, destacaram que a saída do país da UE pode afetar a economia global de maneiras "impossíveis de prever" e criou novos obstáculos para a economia da zona do euro, ampliando incertezas.
Os dirigentes apontaram para "riscos de transmissão baseados nos bancos", que tinham implicações para o custo dos empréstimos e a disponibilidade do crédito. As ações dos bancos europeus caíram fortemente após o voto no Reino Unido, mantendo-se em tendência negativa. A queda ocorre em parte pelo impacto das taxas de juros baixos do BCE sobre a lucratividade dos bancos, disseram os dirigentes. Fonte: Dow Jones Newswires.
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