Alimentação avança no IPC da 1ª quadrissemana, aponta Fipe/Chagas
A oscilação sugerida pelo economista deve-se ao fato de se tratar de itens que dependem muito das condições climáticas. Além disso, completou, a pressão de alta recente em determinados itens alimentícios pode estar fazendo com que alguns consumidores ajustem o consumo, o que acaba levando os preços a oscilar até encontrar um equilíbrio. "São preços que estão oscilando conforme o clima e também a demanda", disse.
Mais uma vez, o feijão figurou entre as maiores pressões do IPC de 0,78% na primeira quadrissemana de julho. Sozinho, respondeu por 30% dessa alta, seguido por 22% do leite longa vida e 21% de água e esgoto. "Tudo isso representou três quartos do resultado do IPC da primeira quadrissemana. Porém, queda em frutas (-6,68%) e tubérculos (-3,88%) ajudou a segurar a alta", disse.
Na primeira quadrissemana, o feijão ficou 57,88% mais caro, enquanto leite longa vida teve variação positiva de 17,37%. Já água/esgoto teve alta de 9,77%, ainda reagindo aos efeitos do fim do bônus de desconto da Sabesp há alguns meses e também ao reajuste na conta de água recentemente, disse Chagas. Com isso, o grupo Habitação atingiu 0,67%, após 0,80% no fim de junho, já que o item água/esgoto teve variação de quase 11% naquela leitura. "Energia ficou com taxa de 0,37%, mas deve pressionar menos a partir da terceira quadrissemana, por causa da queda na tarifa da Eletropaulo", acrescentou.
Chagas contou que se não fosse o alívio de 0,13 ponto porcentual apurado em mamão (-37,44%), maracujá (-15,11%), laranja (-2,90%) e limão (17,76%), o IPC da primeira quadrissemana seria de 0,91%, e não de 0,78%.
Além disso, o economista disse que o item carnes bovinas, que apresentou queda de 1,90% na primeira leitura do mês, impediu avanço maior do IPC do período. "O câmbio não está ajudando, os grandes compradores não estão em situação totalmente confortável e a demanda interna está fraca, estimulando a busca por outras proteínas. Tudo isso ajuda a segurar os preços, inclusive de carnes suínas (-0,83%)", disse. Já a carne de frango ficou 2,03% mais cara na primeira quadrissemana do mês.
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