Soja volta a acelerar preços no atacado, mas inflação ao consumidor tem alívio
No IPA-M, que acelerou de 0,75% para 1,81% na passagem da segunda prévia de maio para a segunda prévia de junho, os destaques foram soja em grão (9,63% para 13,04%), farelo de soja, (16,66% para 24,67%), bovinos (-1,96% para 0,09%) e suínos (-5,40% para 12,98%). O subgrupo "alimentos processados" passou de -0,61% para 0,92%, na mesma base de comparação.
Para compensar, a desaceleração dos preços ao consumidor - o IPC-M passou de 0,65% para 0,35%, na passagem da segunda prévia de maio para a segunda prévia de junho - foi puxada pelo grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,65% para 0,81%), com destaque para o item "medicamentos em geral", cuja taxa passou de 7,68% para 0,74%, sinalizando o fim do efeito de alta provocado pelo reajuste nos remédios autorizado pelo governo federal no mês passado.
Além disso, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. O grupo Alimentação desacelerou de 0,70% para 0,04%. Reverteram a tendência de alta ou aceleraram o movimento de queda os preços de alimentos como cenoura (-18,72% para -27%), tomate (-9,04% para -12,75%) e batata inglesa (26,62% para -5,32%).
Esses efeitos de baixa superaram os efeitos de alta que continuaram na segunda prévia de junho do IPC-M, relativos a reajustes no preço do cigarro e à conta de água da Sabesp, que foram destaque no IPCA de junho.
O item "taxa de água e esgoto residencial" acelerou de 0,00% para 3,62%, na passagem da segunda prévia de maio para a segunda prévia de junho. Além de ter aplicado reajuste, a concessionária de água e esgoto da região metropolitana de São Paulo encerrou o programa de bônus que dava desconto na conta para o consumidor que economizasse água.
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