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Não há perspectiva de reversão do PIB no curto prazo, diz Acende Brasil

16:50 | Jun. 01, 2016
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Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos primeiros três meses deste ano foram "ruins e preocupantes" e não há sinais de uma reversão no curto prazo, na opinião do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. "Poucas economias resistem a mais de 10 trimestres seguidos de recessão. E o que é pior: sem perspectiva de reversão imediata", disse o executivo, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Ele lembrou que os reflexos mais evidentes dessa retração no setor elétrico são a diminuição do mercado e a sobreoferta de energia, que se refletem na desaceleração dos novos investimentos voltados para expansão da geração e transmissão de energia. Além disso, os investimentos já realizados podem não ter demanda para remunerá-los. "(Isso) acaba trazendo desequilíbrio financeiro cuja proporção é medida em dezenas de bilhões, é uma situação grave, que para se reverter passa pela mudança da política econômica e a implementação de reformas importantes, que pelo menos o atual governo mostrou a intenção de fazer. Mas o desafio é grande diante do quadro político", disse.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na manhã desta quarta-feira que PIB brasileiro recuou 0,3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2015. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, o PIB diminuiu 5,4%. No acumulado em quatro trimestres, a queda é de 4,7%, na comparação com período imediatamente anterior, a maior da série histórica da entidade, iniciada em 1996.

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