Faturamento de MPEs paulistas em abril retrocede a patamares de 2009
O setor que mais sentiu a retração foi o de serviços, com uma diminuição de 16,2% no faturamento real, quando já descontada a inflação do período, seguido pela indústria, que viu sua receita encolher em 14,8% e o comércio, com queda de 12,8%. O cenário negativo se repete quando analisado o acumulado do ano. Entre janeiro a abril, as MPEs tiveram queda de 14,4% na receita real sobre o mesmo período de 2015.
A folha de pagamento das MPEs também encolheu nos quatro primeiros meses do ano. A queda real foi de 4,2%, com uma variação positiva de 0,2% no rendimento real dos empregados. No total de pessoal ocupado, houve uma queda de 2,7%, o que indica uma retração nos postos de trabalho.
"Como ocorre nos períodos de crise, o mercado de trabalho é sempre o último a se recuperar. Dessa forma, primeiro as micro e pequenas empresas precisam voltar a registrar aumento de faturamento para depois abrirem postos de trabalho", explica o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
Além das MPEs, os microempreendedores individuais (MEIs) também tiveram uma queda acentuada no faturamento mensal. Quando descontada a inflação do período, os MEIs deixaram de acumular 19,9% na receita de abril se levado em consideração o mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano (janeiro a abril), a categoria amargou uma queda de 24% na receita real sobre o mesmo período de 2015.
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