Ministro diz estar seguro de que haverá aumento de receita das exportações no ano
Ele disse discordar das avaliações que sinalizam dificuldade na arrancada das exportações brasileiras, dado que a melhora dos dados da balança comercial são atribuídos mais à diminuição das importações. "Estamos ampliando os volumes exportados. O que há é uma queda de preços generalizada que afeta todo o comércio global, particularmente no que se refere às commodities. Mas o Brasil consegue compensar parcialmente essa queda de preço com a ampliação dos volumes", disse.
Monteiro citou os números do primeiro trimestre deste ano, quando a balança brasileira acumulou superávit de US$ 8,398 bilhões, com US$ 32,186 bilhões de importações (queda de 33,4%) e US$ 40,585 bilhões de exportações (queda de 5,1%). "Nesse trimestre houve um crescimento no volume físico exportado em todos os grupos de produtos, 25% nas commodities e 12,5% nos manufaturados. Isso significa que o Brasil está compensando em grande medida esta forte queda de preços com um aumento de volume", falou. "O comércio brasileiro cresce, em volume, mais do que a média do comércio internacional."
Ele também rejeitou a possibilidade de que o recente movimento de valorização do real possa influenciar negativamente as exportações. "O que deve se levar em conta não é um momento de volatilidade, mas a taxa média do câmbio real ao longo do ano, e eu tenho certeza de que ela será amigável para o exportador", afirmou.
Segundo Monteiro, o MDIC insiste na estimativa de um saldo comercial de US$ 35 bilhões para 2016 porque ele prefere se apoiar em uma projeção "mais conservadora", embora as previsões do mercado estejam convergindo para um número bastante superior a este. "Eu mantenho os US$ 35 bilhões, mas lembrando que já há projeções indicando um valor de superávit maior, inclusive que alcance os US$ 40 bilhões", avaliou.
Monteiro está em Porto Alegre para participar de almoço com empresários exportadores do Rio Grande do Sul. Questionado sobre o cenário político e o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que tramita no Congresso, ele disse que não trataria do assunto. "Eu trato de exportação", disse.
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