Inflação de serviços em SP desacelera para 0,39% em março
Um dos motivos para a taxa maior do IPC em relação ao IGS foi o comportamento do grupo Alimentação, segundo o coordenador dos indicadores da Fipe, André Chagas. Isso porque este conjunto de preços não faz parte totalmente do IGS, mas do IPC. Em março, o grupo teve a variação mais elevada, de 1,87%, no IPC. Já no IGS, o único segmento de alimentos a integrar o indicador é Alimentação fora de casa, que variou 0,51% no terceiro mês do ano (de 1,04%). "Alimentação fora do domicílio teve um resultado mais bem comportado do que o grupo de alimentos no IPC", avaliou.
De acordo com Chagas, a desaceleração dos gastos dos consumidores com alimentação fora de casa pode estar refletindo a piora das condições econômicas, de inflação elevada e desemprego em alta. "Serviços estavam com desempenho incompatível com o atual ciclo econômico. Parece que agora estão respondendo a esse movimento", estimou.
Além de Alimentação fora do Domicilio, os grupos Habitação (de 0,87% para 0,46%) e Transportes (de 1,84% para 0,34%) desaceleraram entre fevereiro e março no IGS da Fipe. Em Habitação, o destaque foi a deflação de 2,34% em energia elétrica, que praticamente foi anulada pela inflação de 5,69% em água e esgoto. Em Transportes, houve o fim do impacto dos reajustes em tarifas de transporte urbano, com o item transporte coletivos ficando em 0,01%.
Já o grupo Despesas Pessoais teve queda de 0,30% no IGS de março, após alta de 1,01%, influenciado, segundo Chagas, pelo declínio em viagem e excursão (baixa de 3,88%). Os grupos Saúde (de 1,05% para 1,02%) e Educação (de 0,33% para 0,04%) também tiveram arrefecimento no IGS.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente